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Para mim, hoje o impeachment está natimorto, diz Wagner

"Com voto aberto, acho que impeachment não passa sequer na Câmara", afirmou o ministro


	Jaques Wagner: o ministro avalia que a votação secreta é um "convite à traição, dos dois lados", mas que o momento é favorável à Dilma
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Jaques Wagner: o ministro avalia que a votação secreta é um "convite à traição, dos dois lados", mas que o momento é favorável à Dilma (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 14h06.

Brasília - O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, avalia que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff será derrubado ainda na Câmara dos Deputados.

"Com voto aberto, acho que impeachment não passa sequer na Câmara", afirmou.

Para endossar a tese, o ministro usa a contabilidade dos votos do pleito secreto, que elegeu uma chapa de oposição para a composição da comissão especial de impeachment.

Apesar de o governo ter sido derrotado, a base conseguiu 199 votos. Para garantir a manutenção da presidente, são necessários 171 votos quando o processo chegar ao plenário.

Wagner avalia que a votação secreta é um "convite à traição, dos dois lados", mas que o momento é favorável à Dilma.

"Não gosto de falar que está enterrado, mas assim que a Câmara votar, acho que esse impeachment nós enterramos", aposta. Quanto aos prazos, Wagner entende que são incertos.

"Quem faz a pauta é o presidente da Câmara. Mas, para mim, hoje o impeachment está natimorto."

Em sua opinião pessoal, o impeachment está enterrado porque "não houve crime de responsabilidade fiscal cometido pela presidente".

Jaques Wagner acredita que a sociedade está cansada do processo de impeachment.

"A sociedade está mais afim de saber de emprego e desenvolvimento do que de impeachment. Ela não quer saber quem está sentado na cadeira, quer saber o que vamos fazer com o Brasil."

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