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Para Mansur, cerca de 100 deputados estão indecisos sobre reforma

O deputado disse acreditar que a reforma teria menos votos em fevereiro do que na próxima semana

Câmara:“Não há como você ficar agora fazendo conjectura que não dá para votar agora, vai votar em fevereiro" (foto/Agência Brasil)

Câmara:“Não há como você ficar agora fazendo conjectura que não dá para votar agora, vai votar em fevereiro" (foto/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 16h23.

Última atualização em 11 de dezembro de 2017 às 17h11.

Brasília - O deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara, disse nesta segunda-feira que há cerca de 100 deputados indecisos sobre a reforma da Previdência.

Em um momento em que o governo faz um esforço final para tentar votar a proposta na semana que vem, mas já admite um adiamento para o ano que vem, Mansur disse a jornalistas acreditar que a reforma teria menos votos em fevereiro do que na próxima semana.

“Não há como você ficar agora fazendo conjectura que não dá para votar agora, vai votar em fevereiro. Na minha opinião, nós teremos menos votos em fevereiro do que teremos na semana que vem”, disse Mansur a jornalistas, acrescentando que o foco do governo é trabalhar para angariar os votos necessários e votar a proposta na próxima semana.

“A gente tem esperança que essa margem (de segurança de votos) chegue. Lógico que a gente não vai botar para votar para perder”, afirmou.

Segundo ele, o governo calculava, no fim da última semana, ter cerca de 270 votos. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a medida precisa dos votos de ao menos 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação.

Mansur, conhecido pelas estimativas de votos com base em tabelas, acredita que novas movimentações políticas do fim de semana podem ter ajudado o quadro do governo. Citou especificamente o fechamento de questão do PPS a favor da reforma, e a eleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para a presidência do PSDB. O tucano tem demonstrado posição favorável à PEC da reforma.

“Lógico que ele vai trabalhar, espero que isso aconteça, de ele trabalhar junto à bancada do PSDB. Eu vou ter surpresa se o PSDB não for no mesmo caminho que o candidato deles à Presidência da República.”

Orçamento e Marun

O deputado aproveitou ainda para defender que a Lei Orçamentária Anual de 2018 não seja votada nesta semana. Para ele, a deliberação sobre o Orçamento, depois da qual tradicionalmente o Congresso se esvazia, deve ser a última atividade dos parlamentares antes do recesso.

“Por que votar nesta quinta-feira (o Orçamento), se nós teremos a votação da Previdência na próxima terca-feira?”, questionou.

Defendeu ainda a atuação imediata do deputado Carlos Marun (PMDB-MS), indicado para a Secretaria de Governo no lugar de Antonio Imbassahy. Marun deve tomar possa na próxima quinta-feira, e sua escolha, segundo Mansur, já trouxe melhoras para o ambiente na base.

“Eu acho que o clima muda. Eu defendi que o deputado Marun pudesse assumir já as suas atividades no sábado passado”, disse.

“A minha opinião é que ele esteja já trabalhando junto com Imbassahy, mas para poder assumir e sair tocando a bola, como a gente fala. Não dá para esperar quinta-feira”, avaliou.

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