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Para Maia, PGR tem legitimidade para fazer críticas à Lava Jato

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que o MP é fundamental para o Brasil, mas que o órgão não gosta de ser fiscalizado

"Acho que o procurador tem muito mais informações do que nós temos para fazer a crítica", disse Maia (Adriano Machado/Reuters)

"Acho que o procurador tem muito mais informações do que nós temos para fazer a crítica", disse Maia (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de julho de 2020 às 12h28.

Última atualização em 29 de julho de 2020 às 18h29.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), legitimou a iniciativa do Procurador-Geral da República Augusto Aras de fazer críticas à Lava Jato. "Acho que o procurador tem muito mais informações do que nós temos para fazer a crítica e o alerta", disse Maia em entrevista ao programa Manhã Bandeirantes nesta quarta-feira, 29.

Aras afirmou na noite desta terça, 28, que "é hora de corrigir os rumos para que o 'lavajatismo' não perdure". Segundo o chefe do Ministério Público Federal, tal correção de desvios, no entanto, não significa redução do empenho no combate à corrupção. "Espero que o enfrentamento à 'macrocriminalidade', especialmente naquela corrupção relativa a grandes capitais continue a se fazer do mesmo modo, mas no universo dos limites da Constituição e das leis. O 'lavajatismo', há de passar", afirmou em "live" do Grupo Prerrogativas.

Maia não quis comentar sobre casos específicos, mas disse que há excessos em algumas situações. "Está se fazendo buscas e apreensões de coisas de 2010 em 2020. Coisas que geram apenas constrangimento, na linha até do que o doutor Aras falou de criar uma criminalização generalizada da política, tirar as condições da política e do próprio Supremo", disse.

"A crítica que eu faço é a seguinte: o Ministério Público é um órgão fundamental para nosso País. Mas a impressão que me dá é que não gostam de ser fiscalizados muitas vezes. Eu não vejo como funcionam o sistema de controle no momento em que o procurador-Geral, que é o responsável por todos os MPs, não deve na opinião deles, ter acesso a informações", afirmou o deputado do DEM.

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