Macri e Temer: para o presidente argentino, "metade" da queda da economia da Argentina em 2016 foi uma consequência da crise do outro lado da fronteira (Adriano Machado/Reuters)
EFE
Publicado em 7 de junho de 2017 às 15h46.
Buenos Aires - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou nesta quarta-feira que está preocupado com as consequências econômicas geradas pela crise política do Brasil, mas disse acreditar que o país vizinho sairá fortalecido do processo.
Durante uma coletiva de imprensa na província de Corrientes, Macri elogiou o fato de a Justiça do Brasil ter encarado "a fundo" a luta contra a corrupção e mostrou esperança que os casos que estão sendo revelados nas últimas semanas, e que incluem até o presidente Michel Temer, não afetem a recuperação econômica do país.
"Estou convencido de que o Brasil sairá fortalecido do processo e isso é bom para os argentinos porque é nosso principal parceiro", disse Macri, citando que "metade" da queda da economia da Argentina em 2016 foi uma consequência da crise do outro lado da fronteira.
Perguntado sobre a situação na Venezuela, Macri afirmou que sua "preocupação" com o país se transformou em "frustração". E denunciou o governo de Nicolás Maduro por ter virado uma "ditadura" que não respeita os direitos humanos e os outros poderes do país, gerando situações de "violência e fome".
"O governo (de Maduro) segue sem responder às reivindicações do Mercosul e da OEA (Organização dos Estados Americanos), por isso reitero o pedido para que libertem os presos políticos, convoquem eleições e respeitem a independência de poderes", concluiu.