Brasil

Para Dilma, saúde não é aceitável (nem com 12 anos do PT)

Durante entrevista no Jornal Nacional, presidente disse que, mesmo com os 12 anos do PT, Brasil ainda não possuiu um bom sistema de saúde

Presidente Dilma Rousseff durante entrevista no Jornal Nacional desta segunda-feira (Reprodução/TV Globo)

Presidente Dilma Rousseff durante entrevista no Jornal Nacional desta segunda-feira (Reprodução/TV Globo)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 22h15.

São Paulo – A presidente Dilma Rousseff (PT) disse que o povo brasileiro ainda não possui um sistema de saúde minimamente aceitável, mesmo com os 12 anos do governo petista.

A afirmação foi feita durante entrevista para o Jornal Nacional desta segunda, no Palácio da Alvorada.

Ela acrescentou ainda que, para atingir um patamar aceitável, o país precisa de uma reforma federativa e comprometimento dos estados e municípios, e não apenas do Governo Federal.

Ela destacou ainda a importância que o programa Mais Médicos, lançado pelo Ministério da Saúde, teve para preencher as vagas de médicos nos postos de saúde. Para ela, a atitude de chamar médicos estrangeiros para atender  a essas vagas foi “muito corajosa”.

“Temos muitos problemas ainda para enfrentar, mas acredito que enfrentamos um dos maiores problemas, a falta de médicos”, disse.

Corrupção

Ao contrário do que aconteceu com nas entrevistas com os outros presidenciáveis, a primeira pergunta do jornalista William Bonner não foi sobre a economia atual do Brasil, mas os diversos escândalos de corrupção nos Ministérios do Governo Dilma.

Parecendo elevar um pouco o tom de voz, a presidente resolveu se defender citando os diversos mecanismos de combate à corrupção criados pelo governo do PT.

"Muitos que foram identificados com atos indevidos foram inocentados”, afirmou a presidente no meio de várias tentativas de Bonner de lembrá-la que a pergunta era sobre o fato das pessoas e grupos envolvidos estarem sempre em seu governo.

Dilma, no entanto, deixou essa pergunta em aberto, mas afirmou que os nomes escolhidos para os ministérios são indicações dos partidos aliados. Segundo ela, pessoas que desfrutam de sua confiança.

Uma outra coisa interessante durante a entrevista foi o fato da presidente se negar em comentar sobre o julgamento do mensalão. Para ela, isso seria interferir sobre a decisão de um outro poder.

Ainda sim, o âncora do Jornal Nacional insistiu em lembrá-la (novamente) que a pergunta era sim sobre a reação do seu partido ao tratar os condenados do mensalão como “heróis injustiçados”.

“Eu não vou tomar nenhuma posição que me coloque em conflito, respeito a decisão sobre a Suprema Corte. Não é uma questão subjetiva, afirmou.

Economia

Sobre a condução de sua política econômica, Dilma considerou injusto todas as projeções pessimistas para a economia brasileira, e a de que 2015 seria um ano ainda mais difícil.

A presidente defendeu, emendando sua resposta em uma das várias tentativa de réplica de Bonner, a forma com que enfrentou a crise internacional sem perder empregos ou arrochando os salários.

Ela ainda disse acreditar em uma melhora do ambiente econômico para o segundo semestre, citando índices antecedentes como o consumo de energia ou produção de papelão.

“Temos índices que indicam uma recuperação no segundo semestre, a inflação cai desde abril, e atinge hoje zero por cento”, defendeu a presidente.

“Fui eleita para dar continuidade ao Governo Lula, e preparar o país para um novo ciclo de crescimento”, disse. “Queremos continuar a ser um país de classe média, cada vez maior a participação da classe média. Mais oportunidades para todos", concluiu.

Atualizado às 22h02min do mesmo dia, para adicionar mais informações.

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