Brasil

Para Dilma, não se governa o país sem pacto por estabilidade

Dilma afirmou que, desde o início do seu primeiro mandato presidencial, "tentam construir mecanismos" para tirá-la do governo


	Dilma Rousseff: a presidente lembrou que o FMI chegou a prever em relatório, no final do ano passado, que o Brasil passaria mais rapidamente pela crise
 (Adriano Machado/Reuters)

Dilma Rousseff: a presidente lembrou que o FMI chegou a prever em relatório, no final do ano passado, que o Brasil passaria mais rapidamente pela crise (Adriano Machado/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2016 às 12h51.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, 5, que "nenhum governo conseguirá governar o Brasil se não tiver um pacto pelo diálogo, pela estabilidade, se não respeitarem as regras do jogo".

"A hora que desrespeita a regra de um jogo você desrespeita o próprio jogo democrático. É isso que está em questão neste momento", afirmou a presidente em conversa com a imprensa após visita à aeronave KC-390 da Embraer, na Base Aérea de Brasília.

Dilma afirmou que, desde o início do seu primeiro mandato presidencial, "tentam construir mecanismos" para tirá-la do governo.

"Primeiro, foi o pedido de recontagem de votos. Depois, falaram que as urnas tinham problemas e não apareceu problema nenhum. Depois tentaram construir mecanismos para me retirar do governo. Um é esse do impeachment, com as pedaladas fiscais de 2015, que não foram julgadas nem pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nem pelo Congresso", afirmou, lembrando ainda do questionamento sobre as contas de campanha junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Acham que, ao tirar um governo legitimamente eleito, esse País vai ficar tranquilo, vai ter pacificação. Não é. Quando você rompe um contrato dessa magnitude, que é base do presidencialismo, que me deu 54 milhões de votos, você rompe contratos em geral. Você rompe a base da estrutura democrática do País", disse a presidente.

Dilma lembrou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou a prever em relatório, no final do ano passado, que o Brasil passaria mais rapidamente pela crise.

"Mas isso não se deu e se atribui uma parte disso à instabilidade política. Isso precisa levar em conta", comentou.

Perguntada se o País podia passar por um convulsão, ela disse que não, que o País não está nessa época mais.

"Mas, a instabilidade pode permanecer de forma profunda e extremamente danosa. Quando você de fato tem responsabilidade com o País, você não cria tumulto desnecessário. Não cria tumulto sem base. Precisa abrir o diálogo. O governo está inteiramente disposto a abrir o diálogo", disse.

A presidente criticou ainda os que pensam que programas como o Bolsa Família beneficiam uma parcela pequena da população.

"Não dá para a população de classe média alta achar que o Bolsa Família beneficia poucos". Ela lembrou ainda que o País tem uma riqueza chamada "mercado interno".

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilDilma RousseffEmbraerEmpresasEmpresas abertasempresas-de-tecnologiaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSetor de transporte

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho