Dilma Rousseff: "Eu não sei nem se as delações foram feitas ou não, se é delação de quem, vazamento de quem" (Adriano Machado / Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 12h11.
A presidenta Dilma Rousseff fez hoje (15) uma crítica aos vazamentos das investigações da Operação Lava Jato, que investiga denúncias de corrupção na Petrobras.
Durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, Dilma disse que as últimas denúncias que têm sido divulgadas na imprensa sobre pedidos de doações a campanhas eleitorais para o PT "são repetições."
Ela se ofereceu para fornecer todos os documentos sobre as licitações e contratos assinados pela estatal.
"Nos últimos dias tem havido denúncias. Essas denúncias são de vazamentos públicos. Eu não sei nem se as delações foram feitas ou não, se é delação de quem, vazamento de quem. Agora não tem nenhuma novidade nessa questão. Nenhuma", afirmou.
Na avaliação da presidenta, os vazamentos de quebra de sigilo telefônico que envolvem ministros do seu governo, como o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, bem como as delações premiadas, precisam ficar mais claras.
"Tem uma hora que fica difícil. A gente não sabe quem diz, quem falou e se é garantido. Não tem clareza para nós. Para nós, a pergunta nunca vem muito clara. Quem diz, é verdade que diz. Quem garante que diz? E disse aquilo mesmo? Em que contexto?", afirmou.
Respostas
Segundo Dilma, o governo vai responder a todos os questionamentos feitos por jornais a respeito de "quem quer que seja".
"Então, nós responderemos, eu responderei qualquer coisa em quaisquer circunstâncias. Tem uma parte que é pública e notória, é repetição, não tem novidade nenhuma. E não é desse ano não. Há dois anos que corre por aí. Já teve até em CPI. Então, querem a informação, eu dou, não só o calhamaço feito, mas todas as atas do Conselho da Petrobras", disse.