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Para "defender" Lava Jato,13 delegados da PF serão candidatos nas eleições

Uma das propostas do grupo é alterar a Lei de Licitações, defendendo a proteção contra fraudes e direcionamentos

Fim do foro privilegiado é outra bandeira proclamada pelos delegados (Vagner Rosário/VEJA/Reprodução)

Fim do foro privilegiado é outra bandeira proclamada pelos delegados (Vagner Rosário/VEJA/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de julho de 2018 às 16h33.

Última atualização em 11 de julho de 2018 às 16h41.

São Paulo - Com a bandeira de "blindar" a Lava Jato, pelos menos 13 delegados da Polícia Federal devem ser candidatos nas eleições de outubro. A Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) vai lançar nesta quinta-feira, 12, a campanha "O brasileiro tem sede de mudança". O evento de lançamento será em Curitiba, principal palco da operação, com a presença dos pré-candidatos.

Entre os 13 delegados postulantes, sete devem ser candidatos a deputado federal, quatro estão de olho em vagas de Assembleias Legislativas e dois são pré-candidatos ao Senado.

A maioria do grupo, seis dos integrantes, é filiada ao PSL do deputado Jair Bolsonaro (RJ), pré-candidato à Presidência da República. Entre eles, está o deputado paranaense Fernando Francischini, um dos defensores mais ferrenhos do presidenciável no Congresso e pré-candidato ao Senado.

No time de estreantes, está o delegado Luciano Soares Leiro (PPS-DF), que já coordenou o grupo de inquéritos de investigados da PF no Supremo Tribunal Federal (STF) e vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Uma das propostas do grupo é alterar a Lei de Licitações, defendendo a proteção contra fraudes e direcionamentos, conforme identificado em fases da Lava Jato. Além disso, o fim do foro privilegiado é outra bandeira proclamada pelos delegados.

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