Brasil

Para conter crise hídrica, governo manda reduzir vazão de usinas

Ministério de Minas e Energia determinou a diminuição imediata do fluxo de água das usinas de Jupiá e de Porto Primavera para tentar conter a pior crise hídrica em 91 anos

Rio Paraná, em Três Lagoas (MS), que abastece a Hidrelétrica de Jupiá: redução da vazão para diminuir efeitos da crise hídrica (Prefeitura de Três Lagoas/Divulgação)

Rio Paraná, em Três Lagoas (MS), que abastece a Hidrelétrica de Jupiá: redução da vazão para diminuir efeitos da crise hídrica (Prefeitura de Três Lagoas/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2021 às 18h03.

Última atualização em 12 de junho de 2021 às 18h08.

Em mais uma medida para tentar conter os impactos da crise hídrica e evitar um racionamento de energia, o governo decidiu reduzir a vazão de duas hidrelétricas na Bacia do Paraná. Portaria publicada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) determina a diminuição imediata do fluxo de água das usinas de Jupiá, entre as cidades de Andradina e Castilho (SP) e Três Lagoas (MS), e de Porto Primavera, entre Rosana (SP) e de Batayporã (MS).

A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na noite de sexta-feira, 11. A portaria determina que a defluência mínima de Jupiá, da concessionária China Three Gorges Corporation Brasil (CTG Brasil), deverá ser reduzida gradualmente de forma a atingir 2.300 metros cúbicos por segundo (m³/s) em 1º de julho; e a de Porto Primavera, da Cesp, a 2.700 m³/s a partir da mesma data.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, desde a primeira quinzena de maio, a Cesp e a CTG realizam os testes de redução das defluências dessas duas usinas. Jupiá teve a vazão gradualmente diminuída de 3.700 metros cúbicos por segundo para 3.200 m³/s, e Porto Primavera, de 4.300 m³/s para 3.800 m³/s.

Mas, na sexta-feira passada, 4, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já havia deixado claro em nota técnica que iria recomendar fluxos ainda menores e realizar as tratativas necessárias com o Ibama e a Agência Nacional de Águas (ANA), além das empresas donas das usinas. O objetivo é monitorar e diminuir os impactos para o turismo, pescadores, fauna e meio ambiente.

Há duas semanas, o governo emitiu alerta de emergência hídrica para os cinco Estados banhados pelos rios: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

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