Centro Histórico de Curitiba: capital voltou a fechar bares após registrar aglomerações. (Pedro Ribas/SMCS/Divulgação)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 27 de novembro de 2020 às 14h32.
A prefeitura de Curitiba publicou um decreto nesta sexta-feira, 27, restringindo algumas atividades com o objetivo de conter o avanço da covid-19 na cidade, que piorou nas duas últimas semanas. Ficam proibidos de funcionar bares, casas noturnas e qualquer tipo de evento que gere aglomeração. Estes estabelecimentos estavam abertos desde o fim de setembro.
Restaurantes e lanchonetes precisam fechar até as 22 horas - antes eram permitidos até 23 horas. Cinemas, teatros e museus, que não tinham restrição de horário, agora podem abrir das 6h às 22 horas.
Apesar da restrição, o decreto trouxe algumas flexibilizações. Os shoppings, que antes estavam permitidos de funcionar entre 11h e 22h, agora podem abrir entre 8h e 22h. O comércio de rua também teve o horário ampliado, passando das 10h às 20h, para 9h às 20h.
Os hospitais da cidade beiram ao colapso de atendimento. Nesta quinta-feira, 26, a taxa de ocupação dos 334 leitos de UTI SUS exclusivos para covid-19 estava em 94%, com apenas 19 leitos livres e a mais alta taxa em meses. Muitos hospitais privados ultrapassaram a capacidade de atendimento nesta semana e estão recusando novos pacientes.
O governo do Paraná vai suspender todas as cirurgias eletivas a partir do dia 1º de dezembro para abrir mais espaço para atendimento de pacientes com covid-19. A medida tem validade por 30 dias. A prefeitura também vai ativar mais 50 leitos de UTI em hospitais da cidade a partir da próxima semana.
A capital paranaense tem um total de 73.444 casos confirmados de covid-19 e 1.678 mortes causadas pela doença.
A equipe do Centro de Contingência da Covid-19 do estado de São Paulo analisa os recentes dados de avanço da doença, sobretudo o aumento de internações em hospitais da região metropolitana da capital, e prepara um plano para frear este crescimento. A nova quarentena será anunciada na segunda-feira, 30.
Todas as opções estão na mesa e não está descartada a possibilidade de voltar a restringir a circulação e a abertura do comércio em algumas regiões do estado. Outro ponto que deve ser adotado é restringir atividades de lazer, sem a interrupção das aulas presenciais da rede de ensino, por exemplo.