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Para CNI, corrupção de empreiteiras é pontual

O presidente da confederação defendeu que as empresas citadas continuem atuando


	Polícia Federal: a PF prendeu e fez buscas nas casas de executivos de empreiteiras, como a Camargo Corrêa, Mendes Júnior e OAS
 (Wikimedia Commons)

Polícia Federal: a PF prendeu e fez buscas nas casas de executivos de empreiteiras, como a Camargo Corrêa, Mendes Júnior e OAS (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 17h54.

Brasília - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse na tarde desta segunda-feira, 17, que as denúncias sobre o envolvimento de empreiteiras na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, são "uma questão muito pontual" e defendeu que as empresas citadas continuem atuando.

"Eu acho que o Brasil está amadurecido o suficiente para que não coloque essas empresas com esse selo (de inidôneas)", afirmou Andrade ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

"Nós vemos, por exemplo, que aconteceu a mesma coisa com a empresa da Holanda (SBM Offshore). Será que a Holanda vai colocar essa empresa como inidônea e não vai poder participar de mais nada no mundo?", questionou.

Perguntado se o envolvimento das maiores empreiteiras do País no possível caso de corrupção poderia paralisar obras de infraestrutura no Brasil, Andrade afirmou não acreditar nessa possibilidade.

"Eu acho que é uma questão muito pontual. São grandes empresas, com uma enorme capacidade de produção e de trabalho. O Brasil precisa dessas empresas e da tecnologia que elas têm. Certamente, elas também têm uma série de contratos que não têm nada de errado", disse, ao ressaltar que o País depende do trabalho dessas companhias.

"Claro que essas empresas têm que continuar trabalhando para o bem do Brasil".

Na sétima fase da Operação Lava Jato, que investiga o desvio de recursos da Petrobras, a Polícia Federal prendeu e fez buscas nas casas de executivos de empreiteiras, como a Camargo Corrêa, Mendes Júnior e OAS. As empresas estariam envolvidas em esquema de pagamento de propina para a assinatura de contratos com a estatal.

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