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Para Bolsonaro, Ciro "está tendo coragem de elogiar Hitler"

Candidato do PSL à Presidência rebateu declaração do pedetista Ciro Gomes que o chamou de "projetinho de Hitler tropical"

Bolsonaro e Ciro Gomes: Para o deputado federal, Ciro é um dos culpados por "enterrar o Brasil" (Exame/Reprodução)

Bolsonaro e Ciro Gomes: Para o deputado federal, Ciro é um dos culpados por "enterrar o Brasil" (Exame/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de agosto de 2018 às 17h58.

Porto Alegre - Em evento de aproximação com o eleitorado feminino nesta quinta, 30, em Porto Alegre, o candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, rebateu as declarações de Ciro Gomes (PDT), que na véspera o chamou de "projetinho de Hitler tropical".

"Ele (Ciro) diz que Hitler é inteligente. Ele está tendo coragem de elogiar Hitler, o que já é uma coisa bastante complicada", afirmou. Para o deputado federal, Ciro é um dos culpados por "enterrar o Brasil". "Realmente eu não sou tão conhecedor de muita coisa quanto ele, que já foi ministro do Lula e ajudou a enterrar o Brasil nesse caos ético, moral e econômico que nos encontramos hoje", disse.

No encontro, o candidato do PSL foi questionado sobre vídeo de campanha de Geraldo Alckmin divulgado nesta quinta-feira, que o ataca indiretamente. A peça mostra problemas a serem enfrentados pelo próximo presidente sendo atingidos por projéteis, e termina com o mote "não é na bala que se resolve".

Ao responder, Bolsonaro chamou Alckmin de "pacifista desarmamentista" e provocou o tucano a não andar com carro blindado. "Armas não geram violência e flores não garantem a paz. Ele que deixe de andar com carro blindado e segurança que eu acredito na proposta dele", disse.

Bolsonaro também comentou a acusação de que uma funcionária do presidenciável Guilherme Boulos (PSOL) teria sido ameaçada com uma arma por um simpatizante do candidato do PSL, na tarde de quarta-feira, 29. "Ele é um especialista em invadir propriedade, levar terror à cidade. Ele está acusando os outros do que ele faz", afirmou.

O candidato ainda comentou a questão das fronteiras e afirmou que a lei de migração "transformou o Brasil em País sem fronteira". "Na fronteira, entra depois de uma triagem e, se forem refugiados, vamos agir de forma humanitária. Escancarar as fronteiras para ninguém", disse.

Evento

Bolsonaro foi recebido por centenas de apoiadores, a maioria mulheres, na Casa do Gaúcho, na região central de Porto Alegre. E prometeu "igualdade" ao afirmar que mulheres devem ter posse de arma para se defender. "Queremos que vocês tenham o direito à legítima defesa. Vocês não são frágeis. O que não pode são os homens retirarem de vocês esse direito de portar algo que, além de defender a sua vida, defende a vida dos seus filhos", disse o candidato em meio a aplausos.

Ele ficou no local por cerca de duas horas e falou apenas por poucos minutos. No resto do tempo, o candidato ficou tirando fotos e selfies com candidatos do PSL no Rio Grande do Sul e apoiadores.

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