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"Vaccari 'incentivou' investimentos na Sete", diz Barusco

Pedro Barusco: "o esquema criminoso da Petrobras reproduziu-se na Sete Brasil"


	Ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco: "o esquema criminoso da Petrobras reproduziu-se na Sete Brasil"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco: "o esquema criminoso da Petrobras reproduziu-se na Sete Brasil" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2015 às 11h45.

Brasília - O ex-diretor da Sete Brasil e ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco disse nesta quinta-feira, 19, acreditar que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto atuou para incentivar fundos de pensão de empresas estatais a investir na Sete Brasil.

Em depoimento à CPI dos Fundos de Pensão, Barusco afirmou que Vaccari se interessava pela Sete Brasil. Em crise, a empresa gerou perdas milionárias aos fundos.

Questionado na CPI se Vaccari pode ter sido um agente de mobilização desses fundos, Barusco respondeu: "Eu acredito que ele tenha auxiliado no sentido de incentivar", antes de ponderar que não sabe de nada que ele tenha feito concretamente.

Barusco, delator da Operação Lava Jato, foi um dos participantes da formação da Sete Brasil, criada pela Petrobrás para gerenciar sondas na exploração de petróleo do pré-sal.

O ex-diretor da Sete Brasil disse ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua então ministra Dilma Rousseff participaram de reunião na Petrobrás sobre a demanda por sondas de perfuração, o que posteriormente levou à criação da Sete Brasil.

Modelo

Segundo ele, em delação e na CPI, "o esquema criminoso da Petrobras reproduziu-se na empresa Sete Brasil".

Aos parlamentares, ele confirmou o que havia dito em delação, de que US$ 4,5 milhões provenientes de contratos da companhia teriam sido destinados ao PT, mas ponderou que não tem como provar a afirmação. Vaccari já afirmou que arrecadou doações ao partido com recibo e a devida prestação de contas à Justiça Eleitoral.

A CPI dos Fundos de Pensão foi instalada em agosto deste ano para apurar indícios de aplicação incorreta de recursos e manipulação na gestão de fundos de previdência complementar de servidores públicos no período entre 2003 e 2015.

O presidente da CPI, deputado Efraim Filho (DEM-PB), afirmou que a comissão vai apurar possíveis irregularidades envolvendo o caso relatado por Barusco. 

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