Brasil

Para analistas, ajuste econômico é desafio para presidência

Para especialistas, estrago na economia é profundo e não há solução fácil, nem com Dilma nem com Temer


	Dilma Rousseff e Michel Temer: para economistas, independente de quem estiver no poder, o que vai definir o fim da crise econômica é o Congresso, que precisa aprovar reformas.
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Dilma Rousseff e Michel Temer: para economistas, independente de quem estiver no poder, o que vai definir o fim da crise econômica é o Congresso, que precisa aprovar reformas. (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2016 às 09h47.

São Paulo - A polarização que se acirrou na arena política, nos últimos dias, não se reproduz na seara econômica.

A pesar de os especialistas visualizarem cenários completamente distintos a partir do impeachment, há praticamente um consenso: o estrago na economia é extenso e profundo e não há ajuste fácil para nenhum dos dois lados que se dividem no impeachment, previsto para ser votado na Câmara neste domingo, 17.

O economista Nelson Marconi, coordenador executivo do Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), define a situação. Quer seja com a permanência da presidente Dilma Rousseff no comando do País ou com uma eventual chegada do hoje vice Michel Temer, a retomada do crescimento só será viável pelo duro caminho de reformas que precisam de aprovação do Congresso.

"E é o Congresso que está aí, né? É preciso ver quem tem uma capacidade maior de articulação para fazer essas reformas", diz.

O Congresso assumiu um papel de responsabilidade na economia brasileira pela vasta lista de desequilíbrios macroeconômicos que precisam de reformas e apoio dos parlamentares para serem corrigidos.

No topo da preocupação está a questão fiscal. Este ano, o relatório Prisma, pesquisa realizada pelo Ministério da Fazenda com bancos, corretoras e consultorias, projeta um rombo fiscal do governo central de R$ 100,4 bilhões.

Com Dilma ou Temer na Presidência da República, será preciso muita negociação com os parlamentares para desenrolar o nó político do País e, consequentemente, destravar a economia.

"Em relação ao Congresso, eu sou muito cético", diz Samuel Pessôa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV. "É preciso esperar para ver."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaCrise políticaDilma Rousseffeconomia-brasileiraImpeachmentMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas