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Para advogado de Temer, recebimento de denúncia "estava anunciado"

Juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato no Rio, aceitou denúncia contra Temer, Moreira Franco e outros investigados por desvios na Eletronuclear

Temer: ex-presidente virou réu na Lava Jato (Adriano Machado/Reuters)

Temer: ex-presidente virou réu na Lava Jato (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de abril de 2019 às 20h44.

São Paulo - Após o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, aceitar duas denúncias oferecidas pela força-tarefa da Lava Jato do Rio contra o ex-presidente Michel Temer (MDB) e outros investigados por desvios nas obras da Eletronuclear, o defensor de Temer, o criminalista Eduardo Carnelós, afirmou que o recebimento da denúncia "estava anunciado".

Em nota, Carnelós afirmou que "considerando-se como foram decretada a prisão e determinadas outras medidas constritivas contra o ex-Presidente, o recebimento da denúncia estava anunciado".

"Reitere-se o que já se disse quando do oferecimento das imputações: Michel Temer nunca praticou nenhum dos crimes narrados, e as acusações insistem em versões fantasiosas, como a de que Temer teria ingerência nos negócios realizados por empresa que nunca lhe pertenceu. A partir disso, constrói-se uma tese acusatória completamente dissociada da realidade, usando-se, inclusive, fatos que são objeto de outros feitos", afirmou advogado.

De acordo com Carnelós, "ainda que tardiamente, essas e as demais acusações que se fazem ao ex-Presidente terão o destino que merecem: a lata de lixo da História!"

O advogado Fernando José da Costa, que defende Vanderlei Natale, afirmou: "A denúncia criminal em momento algum conseguiu individualizar a conduta de cada acusado. Fernando contesta ainda o recebimento desta denúncia criminal ocorrido na data de hoje. Nem Vanderlei, nem sua empresa tiveram qualquer relação profissional ou receberam qualquer valor da Eletronuclear, portanto, jamais poderia estar sendo processado por um juiz do Rio de Janeiro".

Já o criminalista Moraes Pitombo, defensor do ex-ministro Moreira Franco, afirmou que "a existência de um processo judicial pode servir para que autoridades públicas imparciais investiguem os fatos com interesse na busca da verdade e na compreensão quanto à inocência de um acusado. Agora, resta à Justiça Federal definir quem são tais autoridades e qual seu grau de imparcialidade em relação a Wellington Moreira Franco."

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