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Para Adams, processo do impeachment perdeu 'fôlego'

Advogado-geral da União avalia que a tese usada para afastar a presidente perdeu "fôlego"


	Luís Inácio Adams: ministro argumenta ainda que não há consenso nem mesmo entre os partidos da oposição sobre a saída de Dilma
 (Elza Fiuza/ABr)

Luís Inácio Adams: ministro argumenta ainda que não há consenso nem mesmo entre os partidos da oposição sobre a saída de Dilma (Elza Fiuza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2015 às 20h43.

Brasília - Responsável pela defesa da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, avalia que a tese usada para afastar a presidente perdeu "fôlego" e afirma que o governo continua com "pressa" para tirar o assunto da pauta.

Para Adams, a decisão da equipe econômica de pagar as pedaladas fiscais ainda este ano ajuda a demonstrar que o governo está disposto a cumprir as orientações dos órgãos de controle e que o debate sobre a assinatura de decretos orçamentários é uma tentativa de criar uma "infração" que, na verdade, não existe.

O advogado-geral argumenta ainda que não há consenso nem mesmo entre os partidos da oposição sobre a saída de Dilma e que um eventual impeachment da petista sem "unidade" poderia criar uma "fratura" institucional do País.

"Um país que sofra um processo de cassação sem uma unidade é um país que se fratura, e essa é uma fratura política muito pesada, muito forte, muito complicada. Por isso que eu acho que esse processo de cassação não tem fôlego para sobreviver. Porque a sustentação dele é só política, não é jurídica", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo.

O advogado-geral da União diz ainda que o governo vai trabalhar para acelerar a conclusão do processo, mas admite que o ritmo do andamento do impeachment está nas mãos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente rompido com o Palácio do Planalto.

"Pressa a gente tem. Mas o problema é que o processo está paralisado, e a retomada depende da Câmara", disse.

Para ele, o governo não pode descuidar da articulação política em janeiro, mas deve aproveitar o recesso parlamentar para concentrar seus esforços na formulação de medidas para ajudar o País a superar a crise econômica.

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