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Para 69% dos brasileiros, vacinação começa no primeiro semestre de 2021

Pesquisa EXAME/IDEIA mostra que a maior parte dos brasileiros acredita que uma campanha de imunização contra o coronavírus comece em breve

Vacina contra a covid-19: 56% entendem que o imunizante deve ser oferecido no SUS e na rede privada (Dado Ruvic/Reuters)

Vacina contra a covid-19: 56% entendem que o imunizante deve ser oferecido no SUS e na rede privada (Dado Ruvic/Reuters)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 08h01.

Última atualização em 18 de dezembro de 2020 às 08h06.

Mesmo sem ter uma data exata para o início da vacinação contra a covid-19, 69% dos brasileiros acreditam que a imunização vai começar no primeiro semestre de 2021. Uma parcela menor (25%) considera que só terá uma campanha no segundo semestre, e 3% acham que somente em 2022.

Os dados são da mais recente pesquisa exclusiva EXAME/IDEIA, projeto que une EXAME Research, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. O levantamento ouviu 1.200 pessoas entre 14 e 17 de dezembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique para acessar o relatório completo. 

"Aproximadamente 70% esperam receber a vacina ainda no primeiro semestre. Nesse grupo a maioria aprova o governo federal. Portanto, vale acompanhar a correlação entre a expectativa da vacina e avaliação presidencial em 2021", diz explica Maurício Moura, fundador do IDEIA.

Nessa mesma rodada da pesquisa EXAME/IDEIA, a aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro se mantém em 35%, mesmo número registrado no começo de dezembro. Já a desaprovação caiu de 38% para 37%, oscilando dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Aqueles que nem aprovam e nem desaprovam somam 26%.

SUS x rede privada

A pesquisa também perguntou se a vacinação deveria ser oferecida somente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou também pela rede privada. Pouco mais da metade dos entrevistados (56%) entende que o imunizante deve ser oferecido em ambos os casos.

Em entrevista recente à EXAME, o presidente da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (Abcvac), Geraldo Barbosa, afirmou que a rede privada não terá uma vacina disponível em 2021.

Quando teremos vacinação no Brasil?

O Ministério da Saúde ainda não sabe quando o Programa Nacional de Imunização contra a covid-19 vai começar. Na quarta-feira, 16, o governo federal apresentou um primeiro documento, chamado de Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, que prevê uma estratégia em duas fases: o planejamento e a vacinação em si. O que foi apresentado era apenas o planejamento, sem datas.

De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governo trabalha com uma previsão de quando os laboratórios, que já fecharam fecharam acordos com o Ministério da Saúde, farão as entregas dos primeiros lotes.

Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal na terça-feira, 15, Pazuello prometeu começar a aplicação em até cinco dias após a aprovação da primeira vacina por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até o momento, somente a Pfizer fez o pedido de uso emergencial, mas esbarrou em muitas exigências, segundo o ministro da Saúde.

O governo federal garantiu mais 300 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio de três acordos, com a AstraZeneca, com o consórcio global Covax Facility, e com a Pfizer. Há ainda negociações com outros laboratórios. A primeira remessa deve ser da Pfizer, em janeiro.

O governo de São Paulo prevê iniciar a vacinação contra a covid-19 no dia 25 de janeiro de 2021. A aplicação seria de forma estadual, a começar pelos idosos e profissionais de saúde. Mas a vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, ainda não tem pedido de registro junto à Anvisa.

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