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Papa inaugura polo de atenção à saúde mental, na Tijuca

Vinculado à arquidiocese da cidade, o local vai oferecer 80 leitos para atendimentos, por até 30 dias, de casos graves


	Papa Francisco distribuiu sorriso e acenos durante cortejo no Centro do Rio: a unidade custou R$ 2,5 milhões e foi construída com recursos da Conferência Episcopal Italiana.
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Papa Francisco distribuiu sorriso e acenos durante cortejo no Centro do Rio: a unidade custou R$ 2,5 milhões e foi construída com recursos da Conferência Episcopal Italiana. (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 13h29.

Rio de Janeiro – Para ampliar o tratamento a dependentes de drogas e pessoas com transtornos mentais, será inaugurado amanhã (24), com a presença do papa Francisco, o Polo de Atenção Integral à Saúde Mental, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Vinculado à arquidiocese da cidade, o local vai oferecer 80 leitos para atendimentos, por até 30 dias, de casos graves.

A unidade custou R$ 2,5 milhões e foi construída com recursos da Conferência Episcopal Italiana. O polo de atenção entra em funcionamento daqui a cerca de um mês, com 40 leitos, e vai dobrar a capacidade de atendimento até o fim do ano. Foi criado para atender pacientes em crise psiquiátrica, vindos de comunidades terapêuticas e poderá atuar em parceria com projetos semelhantes de outras igrejas.

Segundo o diretor executivo do polo, Ítalo Marsili, dados do Ministério da Saúde, mostram que o país tem cerca de dois milhões de pessoas dependentes de drogas como o crack, sendo que mais da metade está no Sudeste. No estado do Rio, a estimativa dele é de que sejam cerca de 600 mil dependentes. No entanto, há um deficit na estrutura de tratamento.

“A rede do Ministério da Saúde no Rio conta hoje com menos de 20 leitos espalhados por todos os hospitais. Então, você faz a conta e vê que não é suficiente”, afirmou Marsili à imprensa, durante entrevista sobre o polo na Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Além da carência de leitos, ele fala da dificuldade de adesão do paciente ao tratamento, em torno de 12%.

Para superar o problema, o superintendente do polo, frei Francisco Belotti, aposta no treinamento da equipe de médicos e enfermeiros em bases franciscanas. “Não, jamais [vamos obrigar pessoas a ir à missa]. A nossa religiosidade é mais para os profissionais, no jeito de cuidar, de dar a medicação, de abordar, de entrar no quarto e acolher a família",explicou.

O polo de saúde mental funcionará no complexo do Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca. A instituição busca estabelecer convênios com a prefeitura por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Por enquanto, atenderá gratuitamente.

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