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Papa aceita saída de arcebispo por escândalo de pedofilia

No ano passado, a igreja tirou de Pagotto o poder de ordenar padres, enquanto as acusações contra ele eram investigadas


	Arcebispo: no ano passado, a igreja tirou de Pagotto o poder de ordenar padres, enquanto as acusações contra ele eram investigadas
 (Divulgação / CNBB)

Arcebispo: no ano passado, a igreja tirou de Pagotto o poder de ordenar padres, enquanto as acusações contra ele eram investigadas (Divulgação / CNBB)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2016 às 15h34.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco aceitou a renúncia de um bispo brasileiro acusado de fazer vista grossa a supostos padres pedófilos de sua diocese, informou o Vaticano nesta quarta-feira.

O Vaticano disse que Francisco acolheu a abdicação do bispo paraibano Aldo di Cillo Pagotto, de 66 anos, citando uma determinação da lei eclesiástica da Igreja Católica segundo a qual os bispos têm obrigação de se demitir se estiverem doentes ou se houver uma "causa grave".

Em circunstâncias normais, ele teria continuado na função até completar 75 anos.

No ano passado, a igreja tirou de Pagotto o poder de ordenar padres, enquanto as acusações contra ele eram investigadas.

Pagatto foi acusado de permitir que homens se inscrevessem nos seminários de sua diocese para se tornarem padres, mesmo tendo sido rejeitados em outros locais do país por serem suspeitos de pedofilia.

Em uma carta publicada no site da diocese, Pagotto disse: "Acolhi padres e seminaristas com a intenção de lhes oferecer novas oportunidades na vida. Mais tarde alguns se tornaram suspeitos de terem cometido faltas graves... cometi erros por confiar demais, com misericórdia ingênua." No mês passado, Francisco emitiu um novo decreto dizendo que no caso de bispos que se descobrir terem sido negligentes ao lidar com casos de abuso sexual podem ser investigados e afastados do ofício se não pedirem para renunciar.

O decreto exige que o Vaticano inicie uma investigação se forem encontrados "indícios sérios" de negligência. O bispo tem chance de se defender. Em última instância, o Vaticano pode emitir um decreto para afastá-lo ou pedir que renuncie dentro de 15 dias.

O porta-voz do Vaticano disse que o caso de Pagatto foi tratado segundo os procedimentos pré-existentes.

Matéria atualizada às 15h34

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