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Palocci vai ser um dos ministros mais próximos de Dilma

Ex-ministro da Fazenda no governo de Lula, próximo ministro da Casa Civil, já esteve envolvido em escândalos

Palocci, o próximo ministro da Casa Civil, se elegeu deputado federal por SP em 2006 (Renato Araújo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Palocci, o próximo ministro da Casa Civil, se elegeu deputado federal por SP em 2006 (Renato Araújo/Agência Brasil/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 16h40.

Brasília - Prefeito de Ribeirão Preto (SP) por duas vezes e atual deputado federal por São Paulo, o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, foi um dos nomes fortes da economia brasileira no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como ministro da Fazenda de 2003 a 2006, teve a gestão marcada pela política de austeridade fiscal e foi responsável pela construção da imagem de confiança que o governo Lula pretendia passar aos investidores internacionais.

Por causa da atuação no ministério da Fazenda, Antonio Palocci chegou a ter o nome cotado, na época, para ser o candidato do PT à sucessão do presidente Lula. Mas essa atuação, no entanto, foi comprometida por acusações de corrupção que não resultaram em condenações.

Primeiro, foi acusado de receber propina de uma empresa de coleta de lixo para abastecer um suposto caixa dois de candidatos do PT. Os recebimentos teriam ocorrido de 2001, quando ainda era prefeito de Ribeirão Preto, a 2004, quando já estava no Ministério da Fazenda.

Mas o escândalo que tirou Palocci do cargo de ministro, no entanto, foi a quebra do sigilo fiscal do caseiro Francenildo Costa. O caseiro testemunhou que Palocci frequentou a casa onde trabalhava na época. A casa, em um bairro nobre de Brasília, era usada por políticos do PT e de partidos aliados para supostos encontros com lobistas. Num esquema que envolveu a assessoria de imprensa do ministério e a Caixa Econômica Federal, extratos bancários de Francenildo foram repassados a uma revista semanal para lançar suspeitas de que o caseiro teria recebido dinheiro para comprometer Palocci.

A Procuradoria-Geral da República denunciou Palocci como um dos mandantes da quebra de sigilo, mas rejeitou a denúncia referente ao caso da empresa de lixo de Ribeirão Preto. Em junho de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) absolveu Palocci da acusação de recebimento de propina. Dois meses mais tarde, os ministros inocentaram o ex-ministro da participação na violação dos dados fiscais do caseiro.

Depois de deixar o Ministério da Fazenda, Palocci elegeu-se deputado federal por São Paulo em 2006. Foi relator da comissão especial da Câmara que discutiu a proposta de reforma tributária, em 2008. Também relatou o projeto que criou o Fundo Social do Pré-Sal. Este ano, desistiu de tentar a reeleição à Câmara para ser um dos principais coordenadores da campanha de Dilma Rousseff à Presidência.

A vida política de Palocci começou em 1988, quando foi eleito vereador em Ribeirão Preto. Em 1990, elegeu-se deputado estadual em São Paulo, mas deixou o cargo para assumir a prefeitura de Ribeirão Preto pela primeira vez, de 1992 a 1996. Elegeu-se deputado federal em 1998. Ganhou a disputa para a prefeitura de Ribeirão Preto em 2000, mas desistiu do mandato em 2002 para coordenar o programa econômico da quarta campanha de Lula à Presidência.

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