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Palocci faz reunião com Lava Jato para fechar delação, diz Folha

Palocci entrou na mira da Lava Jato sob a suspeita de intermediar o pagamento de R$ 128 milhões em propinas da Odebrecht para o Partido dos Trabalhadores

 (Reuters/Reuters)

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Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 18 de abril de 2017 às 08h55.

Última atualização em 18 de abril de 2017 às 12h07.

São Paulo – O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci teria se reunido pela primeira fez com a força-tarefa da Operação Lava Jato para negociar um possível acordo de delação premiada.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Palocci pode tratar em sua delação de casos de “corrupção de empresas do sistema financeiro, como bancos, além de conglomerados que não integram grupos de empreiteiras”.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também seria outro possível alvo da delação.

A entrada do ex-ministro no esquema

Palocci, que foi ministro da Fazenda durante o governo Lula e chefe da Casa Civil no primeiro mandato de Dilma Rousseff, entrou na mira da Lava Jato sob a suspeita de intermediar o pagamento de R$ 128 milhões em propinas da Odebrecht para o Partido dos Trabalhadores (PT). Do total, segundo o Ministério Público Federal, ele teria ficado com R$ 6 milhões.

Ele foi preso na 35ª fase da operação, em setembro de 2016.

Desde então, Palocci aguarda julgamento em uma das celas de Curitiba. De acordo com o jornal, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar nesta terça-feira, dia 18, o habeas corpus que pede a sua libertação.

Nesta quinta-feira, dia 20, ele deve ser interrogado pelo juiz federal Sergio Moro. Depois disso, só vão faltar as alegações finais de acusação e defesa e a sentença. Como afirma o jornal Folha de S. Paulo, "essa é a fase crucial em que um preso decide se faz ou não a delação já que, depois de sentenciado, ele enfrenta uma negociação muito mais dura para fechar um acordo".

 

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