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Palocci entregava dinheiro vivo de propina a Lula, diz VEJA

Revista divulgou uma reportagem exclusiva com conteúdo da proposta de delação do ex-ministro

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Nacho Doce/Reuters)

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Nacho Doce/Reuters)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 15 de setembro de 2017 às 08h34.

Última atualização em 15 de setembro de 2017 às 09h09.

São Paulo - O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci admitiu ter entregue dinheiro vivo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo uma reportagem da revista VEJA.

A informação estaria na proposta de delação que Palocci negocia com procuradores da Lava Jato. Segundo a revista, o ex-ministro era pessoalmente encarregado de fazer pequenas entregas de dinheiro a Lula.

As entregas eram de pacotes de 30 mil a 50 mil reais. Ainda de acordo com a revista, foram feitas pelo menos cinco entregas de propina.

Quando os valores eram mais altos, de acordo com Palocci, quem entregava os pacotes era o sociólogo Branislav Kontic, narra VEJA. O dinheiro era entregue, então, no Instituto Lula.

Em relação ao ex-presidente, Palocci também teria afirmado, na proposta de delação, que ele foi nomeado por Dilma Rousseff para chefiar a Casa Civil como forma de blindá-lo contra uma eventual prisão na Lava Jato.

Palocci teria descrito uma reunião sigilosa com Lula, na qual o ex-presidente teria confessado estar com medo de ir para a prisão e coigtando aceitar a nomeação no governo Dilma.

Outras denúncias

Também de acordo com VEJA, Palocci afirmou ter realizado uma reunião em 2010, com Lula e Dilma Rousseff, para tratar do petrolão. No encontro, segundo a revista, foram negociados planos para usar as engrenagens do petrolão para financiar a campanha eleitoral de Dilma.

Palocci teria dito ainda, na proposta de delação, que o ex-presidente Lula usava dinheiro que era doado ao Instituto Lula para bancar despesas pessoais. O ex-ministro alega que o instituto mantinha uma contabilidade paralela para esconder as transações.

Outra revelação prometida por Palocci, segundo VEJA, é a vantagem que o PT recebeu na dissolução da operação Castelo de Areia, de 2009, que também revelava esquemas de corrupção entre políticos e empresários, mas foi arquivada.

Palocci revela o pagamento de 50 milhões de reais da Camargo Corrêa para o Partido dos Trabalhadores, de acordo com a VEJA. Segundo Palocci, a atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, recebeu doações da Camargo Corrêa como parte do acerto envolvendo a operação no STJ. O presidente do STJ na época, Cesar Asfor Rocha, também teria recebido mais 5 milhões de reais

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