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País tem histórico de tortura, diz Dilma ao instalar comitê

Segundo a presidente, a sistemática de tortura no país começou na escravidão

Dilma Rousseff durante solenidade de posse dos membros do Comitê Nacional de Prevenção a Tortura no Palácio do Planalto (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma Rousseff durante solenidade de posse dos membros do Comitê Nacional de Prevenção a Tortura no Palácio do Planalto (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 16h37.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que o Brasil "tem uma larga sistemática" de tortura desde antes do período do regime militar e se disse "emocionada" ao dar posse aos membros do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT).

"Eu acredito que nosso país tem uma larga, uma larga sistemática de tortura. E não começa na ditadura, começa na escravidão", discursou Dilma.

Lembrando do tempo em que esteve presa e foi torturada pelo regime militar, a presidente disse que a tortura é como um câncer. "Ela começa numa célula, mas ela compromete toda a sociedade."

"Ela compromete quem tortura; o sistema que tortura; compromete, obviamente, o torturado porque afeta, talvez, a condição mais humana de todos nós, que é sentir dor, e destrói os laços civilizatórios da sociedade", argumentou.

O Comitê faz parte do Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, criado em 2013. Os 23 membros do governo e da sociedade civil terão que propor medidas de prevenção à tortura e acompanhar a tramitação judicial de denúncias da prática.

"A boa notícia é que nós podemos (eliminar a tortura). Eu acho que nunca o país esteve tão preparado, tanto do ponto de vista democrático, quanto do ponto de vista da nossa consciência para combater a tortura e, sobretudo, para preveni-la. E preveni-la é justamente eliminá-la", disse Dilma.

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