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País precisa desesperadamente de credibilidade, diz FT

Em um editorial, o jornal britânico defende mudanças urgentes nas políticas econômicas após a reeleição da presidente


	Dilma: a tarefa mais urgente é a nomeação de um novo ministro da Fazenda, diz o jornal
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Dilma: a tarefa mais urgente é a nomeação de um novo ministro da Fazenda, diz o jornal (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 12h40.

Londres - O jornal britânico Financial Times publica editorial na edição desta terça-feira, 28, em que defende mudanças urgentes nas políticas econômicas após a reeleição da presidente da República.

"Dilma Rousseff deve agora traçar um novo curso para um país dividido que sofre de desaceleração da economia em meio a um ambiente global cada vez mais difícil.

O editorial sustenta que o Brasil "precisa desesperadamente de um choque de credibilidade". O principal jornal de economia europeu defende que Dilma "precisa abandonar a retórica da luta de classes da campanha e realizar um esforço genuíno e sustentável para recuperar a confiança do sul do País".

Ao lembrar que o sul brasileiro votou "esmagadoramente" contra a reeleição, o FT diz que sem o apoio da região "há pouca esperança de alcançar o maior investimento que o Brasil precisa".

O jornal afirma que a agenda da presidente reeleita é "longa", mas a tarefa mais urgente é a nomeação de um novo ministro da Fazenda "com estatura e autonomia suficientes para resolver os problemas econômicos do Brasil".

"Se ela não o fizer, os mercados financeiros irão forçar um ajuste. Os investidores não estão dispostos a dar o benefício da dúvida", diz o FT.

Além do editorial, o jornal publica uma ampla chamada na capa do jornal com foto de uma eleitora comemorando a reeleição. Há, ainda, uma reportagem que destaca a expectativa de que o segundo mandato de Dilma possa ter um tom mais "reconciliador" após a pequena vantagem nas urnas.

Essa expectativa é compartilhada por analistas ouvidos pelo FT e acontece a despeito do forte ajuste dos preços dos ativos visto ontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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