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País mantém-se entre os mais desiguais do G-20, diz Anefac

O Brasil continuou na 17ª colocação no quesito desigualdade social, à frente apenas de África do Sul e Índia


	Pobreza: país ocupou 14ª colocação no ranking de pobreza, mesmo patamar do ano anterior
 (Keith Levit/Getty Images)

Pobreza: país ocupou 14ª colocação no ranking de pobreza, mesmo patamar do ano anterior (Keith Levit/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 17h05.

São Paulo - O Brasil se manteve em 2013 entre os países mais desiguais do G20 pelo terceiro ano consecutivo, mostrou estudo elaborado pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) com base em uma compilação de números da Organização das Nações Unidas (ONU).

O Brasil continuou na 17ª colocação no quesito desigualdade social, à frente apenas de África do Sul e Índia.

Em quatro anos de pesquisa, o melhor desempenho brasileiro foi em 2010, quando ocupava a 15ª posição.

O levantamento desconsidera a participação da União Europeia e, por isso, conta com 19 países.

"Particularmente o coeficiente de Gini é um indicador importante relacionado a este ranking e mostra o Brasil em situação bastante desconfortável com relação à distribuição da renda (...). O Brasil tem melhorado neste coeficiente de Gini ao longo dos últimos anos, no entanto, ainda há um longo caminho a percorrer", alertou a Anefac.

Austrália, Alemanha e Canadá aparecem como os países menos desiguais do G-20, nesta ordem.

O Brasil ocupou a 14ª colocação no ranking de pobreza, mesmo patamar do ano anterior.

"Os países abaixo do Brasil nesse ranking apresentam desempenho que não ameaça a 14ª posição brasileira, porém, aliado ao indicador de desigualdade, constata-se uma distância entre a posição do Brasil como economia global em relação à posição correspondente ao desenvolvimento humano", explicou a Anefac.

Abaixo do Brasil seguem México, Indonésia, África do Sul, China e Índia. A associação acrescentou que aproximadamente 10% da população brasileira vive na miséria, e 10 milhões vivem com apenas US$ 1,25 por dia.

No ranking geral, que além desses itens já citados leva em conta tópicos como IDH, Saúde, Educação, Renda e Economia, Desigualdade de Gênero e Sustentabilidade, o Brasil manteve a 15ª colocação pelo segundo ano consecutivo, à frente de Turquia, Indonésia, África do Sul e Índia.

A associação explicou que a nota brasileira melhorou, subindo de 4,22 pontos para 4,45 pontos, mas ponderou que os demais países progrediram mais.

As primeiras posições do ranking geral são ocupadas por Alemanha, França e Canadá.

Os EUA, maior economia do mundo, estão na oitava colocação. Segundo a Anefac, esse desempenho norte-americano é explicado pelas pontuações fracas nas categorias Saúde e Educação.

O Brasil piorou nas avaliações de IDH (14 para 15), Educação (14 para 15) e Desigualdade de Gênero (14 para 17). O país apresentou estabilidade em Saúde (13) e melhorou em Sustentabilidade (3 para 2) e em Renda e Economia (15 para 11).

Este último item passou por uma revisão de critério em relação ao ano anterior.

Segundo a Anefac, o Brasil "não apresenta um posicionamento equivalente nos indicadores que compõem a avaliação de renda na ONU".

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