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País está perdendo a ideia de institucionalidade e autoridade, diz Temer

Declaração ocorre após a prisões, já revogadas, de amigos do presidente no chamado inquérito dos portos, em que ele é investigado

Temer: "Estamos perdendo no país muito a ideia da institucionalidade, a ideia da autoridade, a ideia do cumprimento rigoroso daquilo que está na Constituição" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: "Estamos perdendo no país muito a ideia da institucionalidade, a ideia da autoridade, a ideia do cumprimento rigoroso daquilo que está na Constituição" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de abril de 2018 às 22h03.

(Reuters) - O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira que o Brasil está perdendo a noção da institucionalidade e do cumprimento rigoroso da Constituição.

"Nós estamos perdendo no país, muito, a ideia da institucionalidade, a ideia da autoridade, a ideia do cumprimento rigoroso daquilo que está na Constituição", disse Temer na cerimônia de abertura do 62º Congresso Estadual de Municípios, em Santos.

"Interessante como isso está acontecendo com uma frequência extraordinária. E muitas e muitas vezes em função dos embates políticos", acrescentou.

As declarações de Temer vêm após a prisão, já revogadas, de amigos do presidente no chamado inquérito dos portos, em que o presidente é investigado se cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro sob a suspeita de ter recebido propina para beneficiar os interesses do grupo Rodrimar na edição de um decreto ano passado que mudou regras portuárias.

No mesmo dia das prisões, quinta-feira passada, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que tem funcionado como um porta-voz informal do Planalto, creditou as detenções a uma tentativa de abalar o governo no momento em que Temer tem indicado sua intenção de disputar nas urnas mais um mandato como presidente.

Marun descartou as chances de uma nova denúncia contra Temer "porque ela seria absolutamente inconstitucional".

Nesta tarde, sem citar nomes, Temer criticou "gestos irresponsáveis" de pessoas "dispostas a desestabilizar o país".

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