Brasil

País corre risco de ter reforma tributária de exceções, diz vice-governador de SP

Felício Ramuth fez crítica à grande quantidade de leis complementares que podem vir após a reforma

Felício Ramuth, vice-governador de São Paulo (Isadora de Leão Moreira/Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

Felício Ramuth, vice-governador de São Paulo (Isadora de Leão Moreira/Governo do Estado de São Paulo/Flickr)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 24 de setembro de 2023 às 15h30.

Última atualização em 24 de setembro de 2023 às 15h30.

O Brasil corre o risco de aprovar uma reforma tributária "das exceções e não das regras". O alerta é do vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, dado na última quinta-feira (21) durante a Construmetal, evento da construção em aço, no Allianz Parque.

Ao evento teve acesso apenas a imprensa especializada no mercado de aço e construção, mas o Broadcast conseguiu com exclusividade a fala do vice-governador. "O País corre o risco de ter uma reforma tributária das exceções e não das regras", disse Ramuth, para quem o problema reside na grande quantidade de leis complementares que estão previstas para regulamentar a reforma.

A manifestação do vice-governador se destaca uma vez que a aprovação do texto da reforma na Câmara dos Deputados se deu muito em função do apoio do Governo do Estado de São Paulo ao projeto. Em várias outras tentativas de se reformar o sistema tributário brasileiro, São Paulo se posicionou contrariamente.

Desta vez, sob o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), São Paulo entendeu que por ser um Estado produtor e ao mesmo tempo o maior centro consumidor do País, a mudança da tributação na origem para o destino -um dos pontos de divergência iniciais- poderia fazer o Estado perder no começo, mas ganhar mais à frente.

Segundo Ramuth, o governo de SP apoia a reforma e está fazendo uma "contribuição construtiva" em relação ao texto. Mas ponderou que "nós podemos terminar essa reforma com o péssimo título do país com o maior IVA do mundo e queremos evitar isso."

Acompanhe tudo sobre:Reforma tributária

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022