Brasil

Paes se compromete a não largar a prefeitura para concorrer ao estado caso seja reeleito

Atual prefeito e candidato ao segundo mandato foi perguntado sobre o tema durante sabatina

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 5 de agosto de 2024 às 13h06.

Última atualização em 5 de agosto de 2024 às 13h21.

Tudo sobreEleições 2024
Saiba mais

Candidato à reeleição, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), comprometeu-se a não largar o eventual novo mandato no meio para concorrer ao governo do estado em 2026. Em sabatina do portal g1, Paes respondeu pela primeira vez sobre o tema, que promete ser um dos mais explorados pelos adversários na campanha deste ano.

"Em 2012, quando fui candidato à reeleição, diziam que eu iria sair em 2014. Em 2020, quando ganhei a eleição, o que mais ouvi era que iria sair para ser governador. Eu adoro ser prefeito do Rio, tenho a honra de ter tido a confiança dessa cidade três vezes, e se tiver pela quarta vez permanecerei no meu mandato. Essa é minha obrigação, e é para isso que estou me colocando", disse. "Me comprometo com o eleitor da minha cidade a ficar até o final do mandato se for reeleito".

Apesar da promessa, a possibilidade de o prefeito tentar o estado, caso reeleito este ano, é considerada altíssima. Foi por isso que ele se mostrou irredutível na formação de uma chapa puro-sangue do PSD na eleição municipal, tendo o aliado Eduardo Cavaliere como vice. Com isso, o auxiliar assumiria a prefeitura em 2026 e daria continuidade às políticas de Paes.

Ao analisar o porquê das especulações, o prefeito pintou um cenário de crise na política estadual, que estaria carente de grandes lideranças.

"Acho que as coisas vão muito mal no estado, naquilo que é a principal tarefa do estado, que é a segurança pública, e acho que temos sim uma ausência de quadros nessa missão", apontou.

O prefeito também falou sobre a escolha por Cavaliere como vice este ano. Questionado sobre a falta de experiência do deputado estadual, que tem 29 anos, Paes destacou o trabalho dele à frente das secretarias de Casa Civil e Meio Ambiente.

"Temos um quadro capaz, competente, preparado, e que me dá muita tranquilidade para me acompanhar nessa tarefa de governar a cidade".

Brazão

Paes foi perguntado ainda sobre o fato de ter nomeado o deputado federal Chiquinho Brazão, agora sem partido, na secretaria de Ação Comunitária. O parlamentar está preso sob acusação de ter mandado matar a vereadora Marielle Franco.

"Fiz uma aliança política com o partido Republicanos e, nessa aliança política, eles indicaram um secretário de Ação Comunitária. Escolheram um deputado federal eleito pelo povo do Rio de Janeiro, e que não pesava até aquele momento nenhuma suspeita sobre o envolvimento dele diretamente no Caso Marielle. Quando surgiu isso, eu o exonerei", alegou o prefeito.

Além de explicar o contexto da nomeação, Paes disse que conta este ano com o voto da ministra Anielle Franco (PT), da Igualdade Racial, que é irmã de Marielle.

Acompanhe tudo sobre:Eduardo PaesRio de Janeiro

Mais de Brasil

Rio pode chegar a índice inédito de calor, alcançando o nível 4 nos próximos dias

Cidade do Maranhão decreta calamidade pública por conta de voçorocas

Criminosos de fuzis atacam delegacia em Duque de Caxias após prisão de chefe do tráfico

No Planalto, clima é de desânimo após resultado do Datafolha; 8 pontos explicam reprovação recorde