Brasil

Paes diz que França não é país de gente trabalhadora

Prefeito do Rio respondeu com ironia a uma pergunta da televisão francesa sobre feriado de dois dias para visita do papa


	Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro
 (Fábio Pozzebom/ABr)

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro (Fábio Pozzebom/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2013 às 16h46.

Rio de Janeiro - Em entrevista na manhã deste domingo sobre a visita do papa ao Rio, o prefeito Eduardo Paes respondeu com ironia à pergunta de uma equipe de televisão francesa sobre a decretação de dois dias de feriado municipal, o que não aconteceu quando a Jornada aconteceu em Paris. Paes disse que "a França não é exatamente um país de gente trabalhadora".

"A França já tem tanto feriado que, se colocassem mais um feriado para o papa, ninguém trabalhava mais. Nem executivo pode fazer hora extra lá. Tendo em vista que não temos tantos feriados como os franceses, será permitido um feriado a mais", respondeu o prefeito.

Logo em seguida, a equipe de televisão francesa deixou o auditório. "Ficou chateado com a resposta? Desculpa, mas não resisti", disse o prefeito ao repórter. E provocou de novo: "deve ser feriado lá". O jornalista disse que estava saindo porque precisava mandar a reportagem para a França.

Imprevisível

Paes disse que a chance de o papa sair de carro aberto e falando com as pessoas é muito grande e que isso não é um problema para a cidade. O prefeito pediu compreensão dos cariocas para os transtornos. Segundo Paes, a prefeitura não foi informada dos próximos trajetos do pontífice em jipe aberto.

O passeio pelo centro da cidade, que acontece amanhã (22), a partir das 17 horas, só teve o roteiro definido, entre a Catedral Metropolitana e o Teatro Municipal na tarde de sexta-feira. "O papa vai fazer o que quiser, mas é claro que não é um cidadão comum", disse o prefeito.

"O papa já anunciou sua primeira mudança, (o passeio no centro hoje) era algo que não prevíamos. Serão dias de muita paz e alegria, mas de algumas contingências até por conta do estilo informal do papa Francisco. A gente não tem clareza dos trajetos em carro aberto, em carro fechado e de helicóptero", disse o prefeito. "Se o papa quiser, posso andar de bicicleta com ele, no roteiro que eu sempre faço", brincou Paes.

O prefeito voltou a dizer que fazer manifestação é um direito da população. "Acho que vão ter um tom diferente, não vai ter quebra-quebra", afirmou. Paes será anfitrião de uma recepção ao papa no Palácio da Cidade, com a presença de esportistas como Pelé, Neymar e Oscar Schmidt e cerca de 600 convidados. Segundo o prefeito, a cerimônia terá apenas 15 minutos, sem discurso do pontífice. A prefeitura informou que a recepção custará R$ 212 mil, sendo o maior custo a proteção do jardim em frente ao palácio.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEduardo PaesJornada Mundial da JuventudeMDB – Movimento Democrático BrasileiroMetrópoles globaisPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPrefeitosRio de Janeiro

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas