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Padilha tira licença do governo para fazer cirurgia

Ministro será submetido a uma cirurgia de próstata, provavelmente neste final de semana ou na próxima segunda-feira

Eliseu Padilha: ministro foi internado na semana passada (Wilson Dias/Agência Brasil)

Eliseu Padilha: ministro foi internado na semana passada (Wilson Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 09h12.

Última atualização em 3 de março de 2017 às 12h32.

Brasília - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, será submetido a uma cirurgia de próstata, possivelmente neste final de semana ou na segunda-feira de carnaval, dia 27. Nesta quinta-feira, 23, o ministro fez exames preparatórios para o procedimento.

A assessoria do ministro afirma que ele está em "licença médica informal" desde a última quarta-feira, dia 22, quando avisou ao presidente Michel Temer que aproveitaria o feriado do Carnaval para cuidar de sua saúde.

No início da semana, Padilha foi internado no Hospital de Guarnição do Exército, em Brasília, com um quadro de obstrução urinária, provocada por uma hiperplasia prostática benigna.

Na quarta, quando recebeu alta, o ministro passou pelo Palácio do Planalto para a conversa com o presidente, o informou da decisão e seguiu para Porto Alegre.

A previsão, de acordo com sua assessoria, é que o ministro retome os trabalhos no dia 6 de março. Na sua ausência, o secretário-executivo da pasta, Daniel Sigelmann, está despachando.

Pacote

Nesta quinta, após a divulgação da capa da revista "Veja" com a declaração do ex-assessor especial da Presidência da República José Yunes afirmando que foi "mula" de Padilha e intermediou o recebimento e a entrega de um "envelope" para o atual ministro da Casa Civil, o imbróglio foi visto como uma espécie de "fogo amigo" para queimar Padilha.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, ele afirmou desconhecer o teor do envelope do qual serviu de "mula".

"O Padilha me ligou e me perguntou se eu poderia receber um documento que depois seria pego por outra pessoa. Eu disse que não teria problema", disse. Questionado, ele afirmou não lembrar o tamanho e a espessura do envelope.

A encomenda, segundo Yunes, foi entregue em setembro de 2014, pouco antes da eleição presidencial na qual a chapa Dilma-Temer foi reeleita, pelo doleiro Lúcio Funaro, apontado por investigadores da Operação Lava Jato como operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Yunes disse que resolveu falar sobre o assunto para contestar a versão do engenheiro da Odebrecht, Cláudio Melo, que, em delação premiada, disse que Yunes recebeu em seu escritório a quantia de R$1 milhão para ser repassado para campanhas peemedebistas, via caixa 2.

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