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Padilha repudia ligação de seu nome com o de Youssef

Por meio de sua assessoria, o ex-ministro disse que não indicou nenhuma pessoa para o laboratório Labogen


	O ministro da Saúde, Alexandre Padilha: segundo ele, "nunca existiu contrato com o Labogen e nunca houve desembolso por parte do Ministério da Saúde"
 (Elza Fiuza/ABr)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha: segundo ele, "nunca existiu contrato com o Labogen e nunca houve desembolso por parte do Ministério da Saúde" (Elza Fiuza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 10h11.

Brasília - A assessoria de imprensa do ex-ministro Alexandre Padilha divulgou, na quinta-feira, 23, nota repudiando qualquer relação com o doleiro Alberto Youssef.

"O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha repudia o envolvimento do seu nome e esclarece que não indicou nenhuma pessoa para o laboratório Labogen. Se, como diz a Polícia Federal, os envolvidos tinham preocupação com as autoridades fiscalizadoras, eles só poderiam se referir aos filtros e mecanismos de controle criados por Padilha dentro do Ministério da Saúde justamente para evitar ações deste tipo. A prova maior disso é que nunca existiu contrato com o Labogen e nunca houve desembolso por parte do Ministério da Saúde."

O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) afirmou que "nega peremptoriamente" que tenha recebido no apartamento funcional onde mora em Brasília o doleiro Alberto Youssef e um sócio.

Inicialmente, o deputado afirmou que, pelas fotos publicadas na imprensa, se lembrava de ter sido apresentado informalmente ao doleiro.

"Eu não tenho nenhuma relação com ele. Não tem nenhuma ligação dele pra mim ou de mim para ele."

Confrontado com o relatório da PF, Vaccarezza admitiu a possibilidade de tê-lo encontrado na casa do deputado André Vargas (PT-PR).

Os dois moram no mesmo prédio em andares diferentes. Vaccarezza ocupa um apartamento no quinto andar; Vargas no primeiro.

"Eu não excluo a possibilidade de ter encontrado com ele na casa do André. Eu não me recordo de nenhuma vez que ele tenha passado na minha casa."

O deputado disse que mantinha um aparelho BlackBerry, que foi desativado ele não se lembra quando. A PF informa que um número de BlackBerry associado a Vaccarezza consta na agenda do rádio de Youssef.


A PF pediu que o número seja investigado para se confirmar se pertence mesmo ao deputado.

"Ah, não sei de cabeça (o código do rádio). Tive, mas está desativado há muito tempo. Pode ser que nesta data (setembro do ano passado, quando a PF diz que ele recebeu Youssef em casa) não tivesse desativado ainda."

Vaccarezza admitiu conhecer o empresário Pedro Paulo Ramos, que segundo a PF seria sócio de Youssef no laboratório Labogen, mas disse desconhecer suas atividades.

"O Pedro Paulo eu conheço de muito tempo. Eu o conheci em SP, na casa de um amigo há uns sete, oito anos. É um empresário da área de iluminação, se eu não me engano."

O jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu contato ontem com o deputado Vicente Cândido (PT-SP).

Vargas nega irregularidades. O deputado é alvo do Conselho de Ética da Câmara e corre o risco de ter o mandato cassado por causa de suas ligações com Youssef.

O relator do caso no conselho, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), recomendou sua cassação.

O caso, porém, está parado após um pedido de vista.

O petista vem sendo pressionado por seu partido a renunciar ao mandato. Ele chegou a anunciar que faria isso, mas voltou atrás - e, agora, corre o risco de ser expulso do PT.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a dar declarações públicas rifando o correligionário.

Lula afirmou que o PT "não pode pagar o pato" por eventuais irregularidades nas quais Vargas esteja envolvido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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