Padilha: o ministro-chefe da Casa Civil disse que o governo fará reforma previdenciária, trabalhista, tributária e política até o final de 2016 (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2016 às 18h25.
São Paulo - O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quinta-feira, 14, que o governo fará quatro reformas até o fim de 2016: a Previdenciária, a Trabalhista, a Tributária e a Política. Esta é, aliás, de acordo com o ministro, a ordem de prioridade para o governo considerando as quatro reformas.
Ao dizer que o governo fará as quatro reformas até o fim do ano, Padilha deixou claro que se referia à aprovação dos temas, e não apenas ao encaminhamento de propostas.
Questionado a respeito do tempo curto para tantas reformas, considerando que já estamos no segundo semestre de 2016 e algumas delas estão pendentes há décadas, sem que os governos conseguissem emplacá-las, Padilha citou a base de apoio ao governo Michel Temer. "Há quanto tempo não temos um governo com dois terços de base de apoio, para fazer mudanças?", afirmou. Segundo ele, o ambiente é propício para as reformas.
Padilha afirmou, no entanto, que as reformas terão um período de transição, inclusive a previdenciária, e que isso será negociado. Ao mesmo tempo, disse que é preciso "haver consciência coletiva sobre a necessidade de mudanças na Previdência". Temos que cuidar da questão da idade, da diferença de sexo e de profissão nas reformas", citou. "Sistema previdenciário estoura se não tomarmos providência."
Sobre a área trabalhista, Padilha citou também um período de transição e disse que "se acabarmos com a desoneração da folha agora, isso vai gerar mais demissões".
Câmara
O ministro classificou como "boa" para o governo a vitória de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na disputa pela presidência da Câmara. Segundo ele, o governo queria na Câmara um "presidente da base, para não comprometer a maioria" na Casa.
Questionado sobre a candidatura do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que acabou derrotado na disputa, Padilha foi direto ao dizer que o entendimento era de que Castro "não deveria postular o cargo". "Não pedi voto para Rodrigo Maia, nem para ninguém. Mas queríamos presidente (da Câmara) da base do governo", reforçou.
Olimpíada
Padilha afirmou ainda que o governo não tem preocupações quanto à segurança do País durante os Jogos Olímpicos no Rio. "O governo está tranquilo quanto à segurança na Olimpíada", disse o ministro, ao ser questionado sobre a possibilidade de ataques terroristas a delegações.
O comentário de Padilha é uma repetição do discurso mais recente do governo, em relação à possibilidade de ataques durante a Olimpíada, que começa oficialmente em 5 de agosto.
O ministro-chefe da Casa Civil participou nesta quinta-feira, 14, de almoço com empresários ligados à Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), em São Paulo. Após o encontro, ele falou à imprensa.