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Padilha minimiza distanciamento de Lira e diz que 'governo nunca rompeu nem romperá com o Congresso'

Presidente da Câmara escalou outras figuras para a interlocução política dentro da gestão petista

Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 5 de fevereiro de 2024 às 15h49.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2024 às 15h57.

No dia de abertura dos trabalhos do Legislativo de 2024, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o governo segue com uma relação boa com o Congresso e minimizou o distanciamento entre ele e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Desde o fim do ano passado, Lira deixou de dialogar com Padilha, responsável pela articulação política. O deputado optou por manter um canal direto com o chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para falar sobre as demandas do Congresso.

"O governo tem uma ótima relação, e vamos continuar essa ótima relação com os presidentes das duas Casas e com os líderes. Eu, pessoalmente, me reúno todos os dias [com parlamentares]", disse Padilha, que acrescentou: "O governo em nenhum momento rompeu e nunca romperá a relação com o Congresso Nacional, seja com os presidentes das duas casas, seja com os líderes da base e da oposição. Foi assim que construímos essa relação muito positiva".

No salão verde da Câmara, antes da cerimônia de abertura do ano Legislativo, Padilha disse ainda que a postura do Congresso foi "muito importante para salvar a democracia", em referência aos ataques de 8 de janeiro.

Ele também disse que as medidas para reequilibrar as contas públicas, aprovadas pelo Congresso, só foram adiante porque houve uma sintonia entre os dois poderes. Padilha ressaltou que a parceria seria importante para dar continuidade à reforma reforma tributária, bem como outras propostas.

"[Começamos o ano com] expectativa e a crença do governo do presidente Lula [na boa relação]. Como tivemos uma dupla de sucesso no ano passado. Como Claudinho e Buchecha, Maiara e Maraisa, Tonico e Tinoco para os mais antigos. Nós vamos repetir essa dupla de sucesso neste ano de novo", disse Padilha.

Em seguida, Padilha entrou em plenário distribuindo abraços e apertos de mão a todos os parlamentares que encontrava pelo caminho, inclusive de oposição.

Ao abraçar o presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), ouviu da deputada Adriana Ventura (Novo-SP):

"Faça as pazes logo!."

Padilha não respondeu, seguiu sorrindo e cumprimentando os colegas.

Na mensagem ao Congresso que será lida na tarde desta segunda-feira pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou o “diálogo” com os parlamentares.

“O diálogo é condição necessária para a democracia. Diálogo que supera filiações partidárias. Que ultrapassa preferências políticas ou disputas eleitorais. Que é, antes de tudo, uma obrigação republicana que todos nós, representantes eleitos pelo povo, temos de cumprir”, diz o texto que será lido por Rui Costa.

A mensagem de defesa do diálogo será lida em um momento em que o governo vive uma tensão com o Congresso por causa do veto de Lula, que cortou R$ 5,6 bilhões de emendas de comissão. Há também desconforto provocado pelo rompimento de Lira com o ministro Padilha.

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