Brasil

Padilha diz que envolvê-lo em operação da PF é absurdo

"É um absurdo há uma semana da eleição quererem envolver qualquer irresponsabilidade no meu nome", afirmou o candidato

Padilha: segundo petista, investigações sobre caso começaram no ministério da Saúde (Paulo Pinto/Analítica)

Padilha: segundo petista, investigações sobre caso começaram no ministério da Saúde (Paulo Pinto/Analítica)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 16h00.

São Paulo - O candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha (PT), afirmou nesta quinta-feira, 25, que não teve responsabilidade em supostas fraudes envolvendo licitações no Ministério da Saúde quando ele era o titular da pasta.

Para o petista, o envolvimento do seu nome nas investigações da Polícia Federal (PF) tem caráter eleitoral.

"É um absurdo há uma semana da eleição quererem envolver qualquer irresponsabilidade no meu nome", afirmou, após cumprir uma agenda de campanha em São Miguel, na zona leste de São Paulo.

Segundo o petista, as investigações sobre o caso começaram no ministério.

"Eu que comecei essa apuração. Recebi a denúncia no começo de janeiro, dia 17, e uma semana depois iniciou toda apuração", disse.

A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira mandados de busca e apreensão em sedes de empresas suspeitas de fraudar uma licitação do Ministério da Saúde em 2013, quando o titular da pasta era Padilha.

O ex-ministro, no entanto, não figura entre os alvos da ação realizada nesta manhã.

A Operação foi batizada de "Operação Frota" e tem a participação do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria Geral da União (CGU).

A suposta fraude, segundo nota divulgada pela PF, teria ocorrido na Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), um dos órgãos vinculados ao Ministério da Saúde.

A licitação sob suspeita foi aberta para contratar uma empresa para alugar veículos para a secretaria na Bahia.

No pregão, de acordo com a autoridade policial, "figuraram poucas empresas, todas sediadas em Brasília e de um mesmo núcleo familiar, sendo uma delas declarada vencedora mesmo apresentando preços muito superiores aos de mercado".

Padilha disse que a quadrilha que agia no interior da Bahia já foi desmontada.

"Nós que desmontamos a quadrilha que existia, punimos os servidores", disse.

Segundo ele, não há responsabilidade do ministro nos processos licitatórios.

"Todo processo licitatório é feito pelo distrito, o que o ministério faz é a descentralização das contratações para que as compras aconteçam mais rápido", disse.

O candidato destacou que a PF "deve ter seus motivos" para fazer a apuração, mas insistiu que o envolvimento do seu nome, ainda que indiretamente, é eleitoral.

"Qualquer tipo de tentar envolver meu nome é eleitoral, é a disputa eleitoral", disse.

"Fizemos toda ação de apuração e punição no ministério da saúde e agora a Policia federal tem que continuar seu trabalho."

Apesar disso, Padilha afirmou que não acredita que o episódio pode atrapalhar sua candidatura.

"Tenho certeza absoluta que não. É um absurdo que as pessoas quererem tratar disso do ponto de vista eleitoral", reforçou.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre PadilhaFraudesMinistério da SaúdePolícia FederalPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSaúde no Brasil

Mais de Brasil

Maduro afirma que Edmundo González 'pediu clemência' para deixar a Venezuela

Volta do horário de verão pode gerar economia de R$ 400 milhões, diz ministro

Voa Brasil vende 10 mil passagens em dois meses; programa disponibilizou 3 milhões de bilhetes

Dino cobra de 10 estados relatório explicando as razões por trás dos altos indíces de incêndios