Brasil

Padilha: Candidatos não têm "muita vontade" de debater Previdência

Segundo ministro-chefe da Casa Civil, Palácio do Planalto considera tentar aprovar as alterações nas regras da aposentadoria após o período eleitoral

Eliseu Padilha: "Por vezes, a posição do candidato não é a posição do eleito. Então, nós vamos ver com quem se eleger se não há interesse que a gente resolva isso ainda em 2018" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eliseu Padilha: "Por vezes, a posição do candidato não é a posição do eleito. Então, nós vamos ver com quem se eleger se não há interesse que a gente resolva isso ainda em 2018" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de maio de 2018 às 15h58.

Brasília - O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta segunda-feira, 14, que o governo não tem visto "muita vontade" dos pré-candidatos à Presidência da República em discutir o tema da Reforma da Previdência.

A crítica foi feita porque, segundo Padilha, o Palácio do Planalto considera tentar aprovar as alterações nas regras da aposentadoria ainda em 2018, após o período eleitoral.

"Devo lastimar que não conseguimos levar a cabo a Reforma da Previdência, por enquanto pelo menos. Temos até 31 de dezembro e essa possibilidade não está extinta. Nós estamos ouvindo os candidatos e não temos visto muita vontade de discussão com o tema previdenciário. Por vezes, a posição do candidato não é a posição do eleito. Então, nós vamos ver com quem se eleger se não há interesse que a gente resolva isso ainda em 2018", afirmou.

Além disso, o ministro respondeu positivamente sobre a possibilidade do governo suspender a intervenção federal no Rio de Janeiro para que a proposta fosse apreciada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Isso porque, durante a vigência da intervenção, o Legislativo fica impossibilitado de modificar a Constituição.

"A marca do governo foi o compromisso com reformas estruturais, que estavam sendo exigidas há muito tempo e faltou disponibilidade dos governantes anteriores para fazê-las. Conseguimos fixar o teto de gastos públicos, a modernização da legislação trabalhista, a reforma do ensino médio. O governo levou o País de volta aos trilhos. Temos inflação e juros sob controle e a Bolsa de Valores praticamente duplicou seu valor nesses dois anos. O que nos dá a impressão de que estamos no caminho certo", disse.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018Eliseu PadilhaReforma da Previdência

Mais de Brasil

Cármen Lúcia cobra explicações do governo após relato de caso de racismo envolvendo ministra do TSE

Com bebê reborn no colo, deputado diz que ter boneca 'não é pecado'

PL que legaliza cassinos, bingos e jogo do bicho deve ser votado até junho, diz relator

Fim da reeleição: CCJ do Senado aprova proposta de mandato de 5 anos para presidente e governador