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Pacientes morreram após prescrição médica, diz polícia

Segundo relatório da polícia, dos 346 casos analisados, em 317 deles os pacientes morreram no mesmo dia em que houve prescrição médica de Virgínia Soares


	Hospital Evangélico: sobre a médica Virgínia, recai a acusação de provocar mortes por meio do uso de medicamentos que provocariam paralisações musculares. Os pacientes morreriam por asfixia.
 (Getty Images)

Hospital Evangélico: sobre a médica Virgínia, recai a acusação de provocar mortes por meio do uso de medicamentos que provocariam paralisações musculares. Os pacientes morreriam por asfixia. (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 23h42.

Curitiba - A Polícia Científica do Paraná entregou nesta segunda-feira ao Ministério Público do Estado (MP-PR) um relatório que mostra novos dados sobre o trabalho da médica e ex-chefe da UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, Virgínia Soares de Souza, 56, acusada de homicídio qualificado e formação de quadrilha pela morte de sete pacientes.

Segundo o relatório, que reúne prontuários de janeiro de 2006 a fevereiro deste ano, dos 346 casos analisados, em 317 deles os pacientes morreram no mesmo dia em que houve prescrição médica de Virgínia Soares. Para o advogado de defesa, Elias Mattar Assad, o relatório não tem valor científico. "Discordo dessa conclusão, pois não é científica e um conjunto de coisas que não provam é igual à prova nenhuma", afirma.

Sobre a médica Virgínia, recai a acusação de provocar mortes - juntamente com outras sete pessoas também indiciadas pelo MP - por meio do uso de medicamentos que provocariam paralisações musculares. Os pacientes morreriam por asfixia. "Em conversa com minha cliente, ela reafirmou que tudo o que foi feito dentro da UTI está compreendido na literatura médica e questionou se, caso tivesse feito algo errado, deixaria essas supostas evidências nos prontuários?", diz.

O caso permanece sendo investigado pelo Núcleo de Repressão a Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) e teve início em março do ano passado por meio de denúncias anônimas de pessoas que atuavam na UTI junto à Corregedoria do Estado, que as repassou ao Ministério Público. Outros 21 casos continuam sendo investigados pela polícia, assim como diretores do hospital nos últimos anos.

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