Atendimento demorado: Santa Casa de Sorocabal tem convênio com a prefeitura para fazer atendimento pelo Sistema Único de Saúde (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2013 às 20h44.
Sorocaba - Após esperar até seis horas em pé, pacientes chamaram nesta terça-feira, 16, a Polícia Militar (PM) duas vezes para denunciar a demora no atendimento na Santa Casa de Sorocaba. O hospital tem convênio com a prefeitura para fazer atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Uma unidade pré-hospitalar municipal também foi invadida por pacientes irritados com a espera. Por falta de vagas, muitos doentes estavam acomodados em macas nos corredores. Com febre em razão de uma infecção urinária, o corretor Lincoln Augusto dos Santos procurou o hospital às 15 horas e só foi atendido à meia-noite. Como não havia mais ônibus, percorreu a pé os sete quilômetros até a casa.
No mesmo dia, a unidade pré-hospitalar municipal da zona oeste foi invadida por pacientes irritados com a falta de atendimento. Os doentes entraram nos consultórios para checar se os médicos estavam mesmo no local. O jardineiro Anderson Luiz dos Santos teve de ser contido após dar murros na mesa de um funcionário. Santos alegou que a fila de atendimento tinha sido furada.
No domingo, 14, dois irmãos foram levados ao plantão policial depois de destruir a porta de um consultório e do banheiro da unidade pré-hospitalar da zona norte. Na delegacia, um deles alegou que perdeu a calma ao ver que o irmão doente não era bem atendido. A administração da Santa Casa atribuiu a demora no atendimento ao excesso de procura. A prefeitura alegou que o número de atendimentos feitos nas unidades pré-hospitalares superou a média diária.
Greve
Os funcionários do Hospital Mental, que atende 280 pacientes psiquiátricos, entraram em greve nesta quarta-feira alegando atraso nos salários. Para não interromper o atendimento, a paralisação do trabalho é feita por escala. O grupo escalado para parar ocupou a frente do hospital com faixas e cartazes. A direção informou que os repasses feitos pela prefeitura não são suficientes para cobrir as despesas, mas os salários começaram a ser regularizados.