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Pacheco indica que voto impresso e distritão não passam no Senado

Presidente do Senado manifestou confiança no sistema eletrônico de votação, que vem sendo duramente atacado e questionado sem provas por Bolsonaro

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. (Adriano Machado/Reuters)

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de agosto de 2021 às 14h42.

Última atualização em 6 de agosto de 2021 às 16h16.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sinalizou nesta sexta-feira que as propostas de implemantação do voto impresso e do distritão para as eleições para deputados federais, estaduais, distritais e vereadores não devem ser aprovadas na Casa, caso passem pela Câmara dos Deputados.

Em entrevista à GloboNews, Pacheco manifestou confiança no sistema eletrônico de votação, que vem sendo duramente atacado e questionado sem provas pelo presidente Jair Bolsonaro, e disse que a maioria dos senadores é favorável à manutenção do sistema porporcional para escolha de deputados e vereadores.

"Afirmo, em nome do Senado Federal, a minha mais absoluta confiança no sistema eleitoral brasileiro, sobre o qual há questionamentos e críticas, mas não há nenhum fundamento concreto de nenhuma vulnerabilidade ou de alguma prática de fraude, de modo que nós não podemos, com base num discurso ou com base numa teoria, modificar um sistema que até poucos anos atrás era motivo de orgulho para os brasileiros", disse.

"O Congresso Nacional vai se pronunciar, e começou ontem com uma comissão da Câmara dos Deputados dizendo que não se deve alterar o sistema eleitoral eletrônico no Brasil", acrescentou ele, afirmando ainda que espera que a discussão sobre o voto impresso esteja em breve exaurida.

"Eu sinto que a vontade da maioria do Congresso Nacional neste momento é a preservação do sistema eletrônico de votação."

Sobre a proposta do distritão, que transformaria em majoritárias as eleições para escolha de deputados federais, estaduais, distritais e vereadores, Pacheco defendeu as mudanças eleitorais feitas pelo Congresso em 2017, com o fim das coligações proporcionais e a criação de uma cláusula de desempenho para os partidos terem acesso a recursos públicos, assim como a manutenção do sistema de escolha proporcional para esses cargos.

Lamentou ainda as constantes mudanças nas regras eleitorais e disse que é difícil no Brasil que uma eleição seja realizada sob as mesmas normas do pleito anterior.

"Fizemos uma opção em 2017 e há uma tendência no Senado de que esse sistema não deva ser modificado", disse Pacheco. "Uma vez deliberada a PEC do distritão na Câmara dos Deputados e chegando ao Senado, vamos dar a ela todo o trâmite, será submetida à Comissão de Constituição e Justiça, mas vejo sinceramente o Senado optando em sua maioria pelo sistema que seja o sistema mantido de 2017, o sistema proporcional."

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