O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), concede entrevista e condena os atos, que segundo ele, foram realizados por uma "minoria extremista" em Brasília. Pacheco afirma que os autores serão identificados, investigados e punidos. O presidente do Senado, ressalta também que o Senado apresentará ações "de reparação de danos" e pedirá sequestro de bens e bloqueio de ativos dos terroristas. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de janeiro de 2023 às 16h47.
Última atualização em 10 de janeiro de 2023 às 17h02.
Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), devem ir nesta quarta-feira, 11, pessoalmente ao Palácio do Planalto entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, aprovado hoje pelo Congresso.
Havia a expectativa de que Pacheco e outros senadores fizessem ainda hoje uma caminhada até o Planalto para levar o documento em mãos a Lula. No entanto, a coordenação política do governo avaliou que seria mais adequado que a entrega do decreto fosse um ato conjunto entre a Câmara e o Senado.
"É importante que a entrega seja uma resposta conjunta e robusta das instituições aos ataques que o terrorismo e o fascismo empreenderam no último domingo", disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), indicado como líder do governo Lula no Congresso.
A caminhada repetirá a cena de segunda-feira, 9, à noite, quando Lula andou pela Praça dos Três Poderes ao lado de governadores e representantes do Legislativo e Judiciário. A ideia é mostrar uma união entre os Poderes frente aos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília no domingo, 8.
No final da manhã desta terça, 10, o Senado aprovou, de forma simbólica, o decreto de intervenção na segurança do Distrito Federal editado por Lula, com votos contrários apenas de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida, que passou ontem na Câmara e vale até 31 de janeiro, foi adotada após golpistas invadirem e depredarem o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). O texto, que já havia sido aprovado pela Câmara, também de forma simbólica, deve ser promulgado ainda hoje pelo Legislativo.
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