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Pacheco convoca sessão do Congresso para votar novas regras de emendas após acordo com o STF

Governo e Legislativo ainda fecham últimos detalhes do acordo

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal (Jonas Pereira /Agência Senado/Flickr)

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Agência o Globo
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Publicado em 28 de agosto de 2024 às 20h19.

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), marcou para amanhã uma sessão do Congresso para analisar novas regras das emendas parlamentares. Um projeto de lei do Congresso Nacional (PLN) deverá contemplar um acordo fechado entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros e líderes do Executivo no Congresso ontem para debater o assunto. De acordo com Guimarães, uma nova reunião está marcada para hoje.

– Isso está sendo trabalhado, tivemos uma reunião ontem à noite no Palácio (do Planalto), mas ainda não foram concluídos os acordos da metodologia a ser utilizada, tem que ser acertada com os dois presidentes (da Câmara e do Senado) – declarou o deputado do PT.

– Vamos fazer todo o esforço para cumprir o prazo (estabelecido pelo acordo, que termina nesta semana). O governo está fazendo (reunião) para concluir a redação final desse eventual acordo – completou.

Pacheco, ministros do Supremo Tribunal Federal, do governo federal e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram na semana passada e entraram em um entendimento sobre mudanças nas emendas.

O impasse começou quando o ministro Flávio Dino, do STF, decidiu suspender a liberação de todas as emendas impositivas, que o Executivo é obrigado a pagar, até que o Legislativo dê mais transparência para a execução desses recursos.

Um dos pontos questionados pelo Supremo foram as chamadas emendas Pix, modalidade de emendas individuais que foram criadas em 2019, por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Pelo modelo, cada parlamentar pode indicar valores diretamente para as contas de prefeituras e estados, sem depender do aval do governo. Ela foi criada para que essa quantia possa ser usada como o prefeito bem entender. Como o dinheiro não passa pelos ministérios, não cabia ao Tribunal de Contas da União (TCU) a fiscalização, mas aos órgãos de controle locais.

A decisão do ministro do Supremo provocou uma reação na Câmara, que desengavetou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões individuais de ministros do STF e outros projetos que limitam as competências da Corte. Depois do acordo, as iniciativas não avançaram e a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara adiou as votações que antes estavam marcadas para essa semana.

Segundo nota conjunta divulgada pelo STF, entre os termos do acordo das emendas estão:

Emendas individuais

  • Transferência especial (emendas pix): ficam mantidas, com impositividade, observada a necessidade de identificação antecipada do objeto, a concessão de prioridade para obras inacabadas e a prestação de contas perante o TCU;
  • demais emendas individuais: ficam mantidas, com impositividade, nos termos de regulação acerca dos critérios objetivos para determinar o que sejam impedimentos de ordem técnica (CF, art. 166, § 13), a serem estabelecidos em diálogo institucional entre Executivo e Legislativo. Tal regulação deverá ser editada em até dez dias.

Emendas de bancada

Serão destinadas a projetos estruturantes em cada Estado e no Distrito Federal, de acordo com a definição da bancada, vedada a individualização.

Emendas de comissão

Serão destinadas a projetos de interesse nacional ou regional, definidos de comum acordo entre Legislativo e Executivo, conforme procedimentos a serem estabelecidos em até dez dias. O relator irá, oportunamente, reexaminar o processo.

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