Brasil

PAC nasceu para recuperar tempo perdido, afirma Dilma

Segundo a presidente, o governo demonstrou interesse especial em recuperar ferrovias ao lançar o programa

Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração da Ferrovia Norte-Sul (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração da Ferrovia Norte-Sul (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2014 às 14h52.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira, 22, que em 2007, quando era ministra-chefe da Casa Civil do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi criado "para recuperar o tempo perdido dos investimentos em infraestrutura e, em especial, nós tínhamos um grande interesse em recuperar ferrovias", afirmou, em Anápolis (GO), ao participar da inauguração do trecho de 855 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul (FNS) entre a cidade goiana e Porto Nacional (TO).

A obra, que havia sido prometida para dezembro de 2010 pelo então presidente Lula, recebeu investimentos de R$ 4,2 bilhões do PAC.

A presidente afirmou que a inauguração do trecho da ferrovia torna o dia de hoje "histórico" e afirmou que é preciso "fazer justiça" ao ex-presidente e atual senador José Sarney, pois foi dele a iniciativa de conceber a Ferrovia norte-sul.

"Nós herdamos algo importante do senador e ex-presidente Sarney, que foi a concepção de que era importante fazer a Ferrovia Norte-Sul", afirmou.

Dilma disse que, apesar de o governo federal ter demorado 27 anos para construir a ferrovia, hoje esse prazo não é mais verdadeiro. "Dizem que demorou 27 anos, é verdade, mas demorava 27 anos e hoje não demora mais 27 anos", reforçou.

A presidente destacou a falta de investimento pela qual o País passou. "O Brasil tinha parado de investir por muito tempo e tinha deixado várias ferrovias Norte-Sul para trás", disse.

"Estou falando sobre outros segmentos", afirmou, reforçando que o País tem todas as condições de investir em infraestrutura. "Temos certeza de que temos empresários que assumirão construção e risco", destacou.

Segundo Dilma, o governo atualizou a visão da Ferrovia e percebeu que o Brasil "tinha de ter coluna vertebral, que seria a ferrovia das ferrovias".

Segundo Dilma, a obra é importante para o País e para Goiás, pois permite que o estado "fique mais próximo do mar". "Ela (ferrovia) coloca o litoral logo aqui e transforma Goiás em um polo logístico", disse.

Ela destacou ainda a continuidade das obras da ferrovia e disse que o trecho entre Anápolis e Estrela d'Oeste (SP) está em fase bem adiantada de construção. "Pretendemos que esse trecho seja tranquila e garantidamente inaugurado nos próximos anos."

Em seu discurso, Dilma ressaltou outro avanço em mobilidade, que deve beneficiar também o Estado de Goiás. "Amanhã, teremos a licitação da BR-153. Mais um passo, mais um momento importante em termos de logística", comentou.

Ao finalizar sua fala, Dilma alfinetou a oposição. "Tem duas formas de lidar com a realidade. Uma é achar que não vai dar certo, não vai ficar bom, uma postura 'tranca roda'", disse.

"Mas temos que olhar pra realidade e saber que vários desafios existem e só tem um jeito de nada acontecer, se você não tentar". A presidente reconheceu que qualquer processo é difícil, mas deve se ter a responsabilidade de enfrentar as dificuldades.

"Vocês podem ter a certeza que temos um governo de vontade política, de enfrentar e resolver os problemas e não ficar chorando entre as esquinas", disse. "Esta é a diferença entre as posturas".

No início de sua fala, no entanto, Dilma exaltou a parcerias com prefeituras e com governos estaduais e disse que a forma republicana das relações "é um sinal de maturidade do País". Antes de Dilma, o governador tucano Marconi Perillo discursou e também teceu elogios a presidente.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffGoverno DilmaPAC – Programa de Aceleração do CrescimentoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho

Reforma Tributária: pedido de benefícios é normal, mas PEC vetou novos setores, diz Eurico Santi