Brasil

Os maiores perigos para crianças e adolescentes na Olimpíada

Denúncias de violações aumentam em 30% durante períodos de grande movimentação, como é o caso da Olimpíada no Rio.

Crianças observam seleção feminina de futebol da Nova Zelândia durante visita a comunidade por causa da Olimpíada 2016 (Phil Walter/Getty Images)

Crianças observam seleção feminina de futebol da Nova Zelândia durante visita a comunidade por causa da Olimpíada 2016 (Phil Walter/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2016 às 06h04.

São Paulo - Além do legado duvidoso que pode ser deixado pela Olimpíada 2016, o evento é uma janela para que crianças e adolescentes tenham seus direitos ainda mais violados no Rio de Janeiro.

Isso porque as denúncias de violações aumentam em 30% durante períodos de grande movimentação, como a Copa das Confederações, Copa do Mundo e na Jornada Mundial da Juventude.

Em comparação a épocas sem eventos de grande porte, a alta pode chegar a 40%, de acordo com a Ouvidora Nacional dos Direitos Humanos, Irina Bacci.

O fato de os Jogos Olímpicos oferecerem diversos eventos e competições simultâneas e concentrados na capital fluminense também aumenta a possibilidade de crimes contra crianças e jovens. "Como são várias competições, são vários os pontos de atenção, devido o alto número de turistas e maior número de pessoas circulando no Rio", diz Bacci.

Ela afirma também que o fato da cidade ser uma conhecida rota de turismo sexual no país aumenta a preocupação da pasta em relação a adolescentes e crianças, especialmente meninas.

Para enfrentar esse e outros problemas, a especialista diz que diferentes entidades, como a Secretaria Especial de Direitos Humanos, conselhos tutelares, Ministério do Trabalho, Ministério Público, organizações da sociedade civil e forças de segurança estão agindo de forma integrada.

Além disso, equipes nos locais de jogos e festas vão receber denúncias e acompanhar atividades para identificar situações de violação de direitos humanos. “O objetivo maior é a prevenção, mas nós também atuaremos nos casos de ocorrência de violações. Teremos equipes divididas em quatro espaços e equipes volantes circulando nos locais dos jogos e das festas para que possam identificar crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e iniciar imediatamente o atendimento”, afirma.

As equipes estarão em regiões do Rio como Copacabana, Parque Madureira e Campo Grande. Denúncias também podem ser feitas pelo Disque 100. Além disso, a especialista afirma que é possível denunciar violações no aplicativo Proteja Brasil (disponível para iOS e Android), nos conselhos tutelares, Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e para autoridades da esfera federal, estadual e municipal.

Veja nas imagens as 5 violações de direitos humanos de crianças e adolescentes mais recorrentes que podem ocorrer na Olimpíada do Rio de Janeiro, de acordo com a Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCriançasCrimecrime-no-brasilDireitos HumanosEsportesEventosJovensMetrópoles globaisOlimpíada 2016OlimpíadasRio de Janeiroseguranca-digital

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP