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Os maiores incêndios do Brasil antes de Santa Maria

A tragédia da boate Kiss, em Santa Maria (RS), entra para a história brasileira como o maior incêndio dos últimos 50 anos - e o segundo maior no país em vítimas fatais


	Bombeiros chegam ao local do incêndio: Boate Kiss tem o segundo maior incêndio da história brasileira
 (Agência Brasil)

Bombeiros chegam ao local do incêndio: Boate Kiss tem o segundo maior incêndio da história brasileira (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 19h18.

São Paulo - O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, chocou o Brasil: são 231 mortes confirmadas (a maioria por asfixiamento dentro da casa lotada e com apenas uma saída) e dezenas de feridos - muitos ainda em estado grave. A tragédia foi a segunda maior do Brasil em número de vítimas fatais. 

Confira outros 9 grandes incêndios que comoveram o país e também terminaram com muitas vidas perdidas:

Tragédia do Gran Circus Norte-Americano (RJ)

Em 1961, um ex-funcionário do Circo quis se vingar do chefe após ter sido demitido. Adilson Alves tinha antecedentes criminais e problemas psicológicos. Junto com dois comparsas, usou gasolina para colocar fogo na lona que, feita de uma composição com parafina, se incendiou com rapidez e caiu em cima das quase três mil pessoas que assistiam ao espetáculo.

No local, 503 pessoas morreram, 70% das vítimas eram crianças. Mais de mil pessoas ficaram feridas. 

Edifício Joelma (SP)

Em 1974, um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado no 12º andar do prédio paulistano deu início a um incêndio que se espalhou rapidamente pelos móveis de madeira, pisos acarpetados e forros internos de fibra sintética. Em pouco tempo, as escadas foram tomadas pelo fogo e pela fumaça, impedindo as pessoas de evacuarem o prédio.

Mais de 180 pessoas morreram no incêndio que reacendeu as discussões sobre segurança e preparo para prevenção e combate a ncêndios.

Vazamento em Cubatão (SP)

Em 1984, centenas de litros de gasolina foram espalhados no mangue próximo a uma favela em Cubatão por conta de um vazamento. Pouco tempo depois, uma ignição causou o incêndio do material e matou vários moradores.

Segundo os número oficiais, foram 93 mortes.

Lojas Renner (RS)

Em 1976, um edifício onde funcionava as Lojas Renner em Porto Alegre sofreu um incêndio que matou 41 pessoas e deixou outras 60 feridas. Muitas vítimas se jogaram do prédio de sete andares, que não tinha um terraço apropriado para resgate por helicópteros.

Edifício Andorinha (RJ)

No Rio de Janeiro, um prédio no centro da cidade sofreu um curto-circuito no sistema elétrico que, em 1986, gerou um incêndio que matou 21 pessoas e feriu mais de 50.


Edifício Grande Avenida (SP)

Localizado na Avenida Paulista, em São Paulo, o prédio pegou fogo em 14 de fevereiro de 1981, um sábado de carnaval (o que evitou que houvesse mais vítimas). Todos os andares do edifício foram destruídos.

Dezessete pessoas morreram e 53 ficaram feridas, incitando novas leis de segurança contra incêndios, especialmente na região da Avenida Paulista.

Edifício Andraus (SP)

Dois anos antes da tragédia no edifício Joelma, um prédio também paulistano já tinha passado por situação similar. Em 1972, um fogo de causa ainda desconhecida - imagina-se que tenha ocorrido uma sobrecarga no sistema elétrico - se espalhou pelo prédio no centro de São Paulo e chegou a causar explosões que fizeram o edifício tremer. O evento foi televisionado ao vivo e a população se chocou com as cenas de pessoas se atirando do prédio. A maioria dos sobreviventes conseguiu chegar ao último andar do edifício e aguardou resgate de lá.

Foram 16 mortos e 330 feridos.

Creche Uruguaiana (RS)

Em 2000, um curto-circuito em um aquecedor incendiou uma creche em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Doze crianças entre 2 e 4 anos morreram e duas funcionárias da escola (inclusive a diretora) foram presas.

Show no Canecão Mineiro  (MG)

Em 2001, um acidente com a queima de fogos no palco gerou um incêndio que matou sete pessoas e deixou mais de 300 feridos em Belo Horizonte. A casa de show não tinha alvará para funcionamento e o proprietário, um produtor e dois músicos foram condenados. 

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