Os vídeos dos ataques de fúria do ex-presidente Collor
O senador Fernando Collor ganhou atenção ontem ao rasgar papéis em uma comissão. Mas há outros exemplos de momentos em que o político mostrou grande irritação
Esquentado (José Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2013 às 09h17.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h37.
São Paulo - A reunião da Comissão de Infraestrutura do Senado foi mais agitada do que o normal nesta quarta-feira. Ao ler o relatório de prestação de contas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o presidente da Comissão, Fernando Collor (PTB-AL) se exaltou e afirmou que o relatório continha "informações falseadas". Em seguida, rasgou as páginas do documento. Não é a primeira vez que o senador tem ataques de fúria no Senado - nem em sua carreira política em geral. Ficou famoso o episódio em que mandou o senador Pedro Simon "engolir" as próprias palavras. Simon confessou que o olhar de Collor o deixou com "medo". Clique nas imagens e veja os vídeos de alguns dos momentos mais enraivecidos, embora por vezes habilmente contido, do senador e ex-presidente do Brasil.
"Por favor coloque isso aqui em um envelope e envie para o diretor geral do Dnit", disse o senador depois de rasgar o documento que continha informações sobre a situação das obras em rodovias federais. Segundo Collor, o relatório continha "informações falseadas" e teria de ser enviado de volta ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para que o diretor-geral "tome providências".
Os pedidos não costumam ser amigáveis há anos, aparentemente. Em 2009, o senador Pedro Simon, em tribuna, pediu a renúncia de José Sarney da presidência do Senado. Acabou tocando nos nervos do ex-comandante da República, que apoiava o maranhense. Em resposta a Simon, Collor pediu que ele "engolisse as palavras e as digerisse "como julgar conveniente". O olhar fixo em Simon, ele confessou depois, causou certo medo no senador do Rio Grande do Sul.
A irritação começa a transparecer aos 21 minutos e 25 segundos. O pedido nada gentil foi feito para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em fevereiro deste ano. Na tribuna do Senado, Collor criticou a compra de 1.200 tablets pela Procuradoria, alegando irregularidade na definição da fornecedora dos produtos. Os tablets eram da marca Apple. Collor tenta a todo custo tirar Gurgel do cargo e lhe causar constrangimentos.
O ex-presidente começa a se incomodar com mais intensidade a partir dos 4 minutos e 10 segundos de vídeo. Cinco anos depois de ter sofrido um processo de impeachment do seu cargo como presidente da República, Collor ainda se via envolvido em questões polêmicas. Em entrevista à jornalista Sônia Bridi em março de 1997, ele se descontrolou ao ser questionado sobre seu envolvimento com supostas atividades da máfia italiana no Brasil. Em seguida, a jornalista afirma que ele havia manifestado desejo de se candidatar novamente em 1998. Collor a chamou de "desinformada", negou as afirmações e perdeu a linha com Sônia, a quem chamou de "filhotinha".
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