São Paulo – No primeiro semestre deste ano, a
Câmara dos Deputados economizou cerca de 1,6 milhões de reais na folha de pagamentos dos parlamentares só com descontos por faltas não justificadas. Levantamento feito por EXAME.com, a partir de números da Coordenação de Pagamento de Pessoal da Câmara, mostra quem são os deputados que tiveram mais descontos por não terem comparecido às chamadas sessões deliberativas - quando os parlamentares se reúnem para aprovar ou rejeitar leis, medidas provisórias e Propostas de Emenda à Constituição. Edmar Arruda (
PSC-PR) é quem lidera a lista. Até julho, ele faltou em 62 sessões. Com isso, recebeu 25 mil reais a menos no contracheque.
Cerco apertado Pelas regras da Câmara, apenas as faltas não justificadas podem ser descontadas no holerite dos deputados - respeitando o limite máximo de 62,5% do salário, que atualmente é de 33.763 mil reais. Desde fevereiro deste ano, ficou mais difícil justificar ausências na Casa. Antes, qualquer falta poderia ser abonada como “atividade partidária”. Agora, só podem ser justificadas as ausências por razões de saúde ou missão oficial. A mudança foi imposta pelo presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em tempo, Cunha não teve faltas no primeiro semestre e, com isso, não teve um centavo descontado.
Peso no bolso O ranking foi criado a partir dos descontos nos holerites dos parlamentares de fevereiro a julho. Os dados foram obtidos por EXAME.com por meio da Lei de Acesso à Informação. Também aparece na lista o número de faltas não justificadas de cada um dos deputados e quantos votos eles receberam nas eleições de 2014.