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Organizadores pedem que participantes não cubram o rosto

As quatro pistas da Avenida Presidente Vargas já estão fechadas totalmente para passagem de veículos

Candelária, no Rio de Janeiro: até o momento, não há nenhum manifestante na Candelária com o rosto coberto. (WikimediaCommons)

Candelária, no Rio de Janeiro: até o momento, não há nenhum manifestante na Candelária com o rosto coberto. (WikimediaCommons)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 17h25.

Rio de Janeiro - Os organizadores da manifestação no centro do Rio estão pedindo por meio do carro de som às pessoas que vão participar do ato público na Avenida Rio Branco, e estão chegando em caravanas de ônibus vindas do interior do estado, para ninguém cobrir o rosto, "porque não vamos aceitar provocações".

Um grupo de manifestantes - formado por jovens, ligados a movimentos sociais - chegou há pouco vindo da Praça 15 de Novembro cantando palavras de ordem e protestando contra os gastos na Copa do Mundo e contra a corrupção no país.

Até o momento, não há nenhum manifestante na Candelária com o rosto coberto. As quatro pistas da Avenida Presidente Vargas já estão fechadas totalmente para passagem de veículos.

Depois de se concentrarem na Candelária, centro do Rio, representantes de centrais sindicais se preparam para começar a passeata que seguirá pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, local histórico de manifestações políticas da cidade. Os organizadores calculam que a manifestação vai reunir cerca de 100 mil pessoas.
O protesto foi organizado por diversas entidades, entre elas, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Sindicato dos Bancários e Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Rio de Janeiro (Sintrasef).


Para evitar prejuízo, caso haja confronto, as lojas próximas ao local, que estavam abertas, se organizam para fechar antes do início do protesto.

O presidente da UGT no Rio de Janeiro, Nilson Duarte Costa, espera que o governo escute as reivindicações dos trabalhadores. “Com este movimento, esperamos que o governo nos escute, nos veja e nos atenda. As coisas estão mudando, assim como aconteceu nas manifestações do movimento estudantil, e nós da classe trabalhadora não podemos ficar parados. Chegou a vez dos trabalhadores”, disse.

O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos Marco Antônio Lagos, o Marquinho da Força, espera que a manifestação seja pacífica. Ele informou que a pauta se restringe às questões trabalhistas. “Hoje as pautas não incluem plebiscito e reforma política, porque é um ato exclusivamente reivindicando direitos trabalhistas e melhores condições de vida para a população”,explicou.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas, de Tintas e Vernizes, de Sabão e Velas e de Plásticos do Rio de Janeiro (Traquimfar), Alberto Kirsten, defendeu melhores condições de trabalho. “Queremos trabalhadores 'modelo Fifa', por isso, estamos reivindicando mudanças na carga horária e jornada de trabalho de 40 horas”, esclareceu.

O diretor do Sintrasef, Geraldo Nunes Pereira, disse que a categoria está revindicando aumento de 5%. Ele explicou que o reajuste está previsto para 2015, mas a categoria quer que seja liberado no ano que vem. “Queremos adiantar para 2014, porque o aumento recebido em janeiro, a inflação comeu”, afirmou.

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