Afastamento de Temer

A oposição ao governo interino de Michel Temer protocolou na Procuradoria-Geral da República um pedido para o afastamento do presidente por supostamente ter recebido 10 milhões de reais de caixa dois da Odebrecht na campanha de 2014. A denúncia foi revelada pela revista VEJA no fim de semana e deve constar na delação premiada que a empresa está prestes a fechar com a Lava-Jato. O líder da oposição no Senado, Lindbergh Farias, também protocolou um pedido para que o processo de impeachment de Dilma Rousseff seja parado, pois, se for efetivado, Temer não poderá ser investigado pelo ato.

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Mais afastamento

Lindbergh disse também que a oposição pedirá o afastamento dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e das Relações Internacionais, José Serra. Padilha estaria na mesma reunião onde Temer pediu a Marcelo Odebrecht recursos ilícitos, enquanto Serra teria recebido 23 milhões de reais, também da empresa, para o caixa dois de sua campanha à Presidência em 2010.

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Cassação de Cunha mais próxima

Depois de oito meses e muitas manobras com o regimento, foi lido na Câmara o processo que pode levar à cassação do deputado afastado Eduardo Cunha. É o início da última parte da tramitação do processo, que agora pode ser colocado em votação em qualquer sessão da casa. Porém, isso não deve acontecer logo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deve escolher, juntamente com outros líderes, a data da votação, para garantir o quórum, o que é complicado por causa da proximidade das eleições municipais. São necessários 257 votos para que Cunha seja cassado.

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Inquérito contra Delcídio e Edinho

O Ministério Público Federal pediu abertura de inquérito contra o ex-ministro Edinho Silva e o ex-senador Delcídio do Amaral por lavagem de dinheiro e corrupção. Além deles, o laboratório EMS está presente no processo pelos mesmos crimes. Edinho teria orientado Delcídio a pegar dinheiro do laboratório para pagar dívidas da campanha ao governo do Mato Grosso do Sul em 2014. Por meio de nota, o SEM negou qualquer participação no crime.

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Mendes quer mudança nas regras

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, defendeu nesta segunda-feira mudanças nas regras eleitorais depois dos desvios descobertos pela Operação Lava-Jato. Segundo Mendes, os abusos agora são cometidos “por dentro [do sistema]”. No fim de semana, Mendes pediu a reabertura do processo da Justiça Eleitoral que pode levar à extinção do PT por recebimento ilegal de recursos. Ele disse que outras legendas também podem ser punidas caso sejam verificadas ocorrências parecidas.

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Feliciano acusado de estupro

A jornalista Patrícia Lélis, que acusa o deputado federal Marco Feliciano de tentativa de estupro, assédio sexual e agressão, registrou no domingo um depoimento na Polícia Civil do Distrito Federal. Até esta terça-feira, Feliciano também deve prestar depoimento na Procuradoria-Geral da República sobre o caso. Segundo ela, o crime aconteceu no dia 15 de junho, quando Feliciano tentou forçar para que ela fizesse sexo com ele e ofereceu um cargo em seu partido, o PSC, para que ela se tornasse sua amante.