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Oposição sinaliza apoio à criação da CPMI dos cartéis

A oposição afirma que a CPMI petista precisa ser abrangente e não se limitar às denúncias envolvendo o governo de São Paulo


	Antonio Imbassahy: líder do PSDB na Câmara argumentou que formação de cartéis existe em outros estados da federação e precisa de apuração ampla
 (Viola Junior/Câmara dos Deputados)

Antonio Imbassahy: líder do PSDB na Câmara argumentou que formação de cartéis existe em outros estados da federação e precisa de apuração ampla (Viola Junior/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 16h14.

Brasília - Após almoço para assinar a estratégia de atuação e concluir a coleta de assinaturas para criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, a oposição diz que está disposta a assinar também o requerimento para a criação da CPMI proposta pelo PT para investigar a formação de cartéis.

A oposição afirma que a CPMI petista precisa ser abrangente e não se limitar às denúncias envolvendo o governo de São Paulo.

"Não tem nenhum problema. O que não queremos é que seja uma coisa direcionada. Queremos investigação total. Se tem problemas de cartéis, onde é que se localizam? Vamos investigar", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA).

Durante almoço no apartamento do líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), os tucanos disseram que estão dispostos a assinar a proposta petista. "Tem cartel onde? No setor elétrico, no metrô? Vamos investigar, também", insistiu o líder do PSDB.

Imbassahy argumentou que a formação de cartéis existe em outros estados da federação e precisa de uma apuração ampla. "O cartel não é de um governo, é de empresas", concordou o líder da minoria na Câmara, Domingos Sávio (PSDB-MG).

Na Câmara, a oposição diz contar com aproximadamente 200 assinaturas para a criação da CPMI da Petrobras, incluindo os partidos de oposição e os que integram o 'blocão'.

"Temos indícios fortes que não houve apenas gestão temerária na Petrobras. Existem indícios fortes de um gestão eivada de corrupção. Isso precisa ser investigado", pregou Sávio. A oposição da Câmara já foi informada que o início dos trabalhos da CPMI só poderá ocorrer a partir da segunda quinzena deste mês, após a leitura do requerimento na sessão conjunta do Congresso, marcada para 15 de abril. "Ninguém sabe onde ela (a CPMI) vai terminar", disse Imbassahy.

Os tucanos rebateram o discurso do governo, mas precisamente o do novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, de que a CPMI da Petrobras tem caráter "eleitoreiro".

Para Domingos Sávio, a comissão será uma oportunidade para a população fazer o julgamento político sobre a gestão do PT na Petrobras. "O Brasil terá a oportunidade de conhecer a verdade", disse o líder da minoria.

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