Brasil

Oposição quer concluir hoje coleta de assinaturas para CPI

Para instalação de uma CPI na Câmara, são necessárias 171 assinaturas e, se a comissão for mista, será preciso ter o apoio também de pelo menos 27 senadores


	Carlos Sampaio: segundo novo líder da bancada do PSDB, assinaturas dos 127 parlamentares de oposição estão encaminhadas
 (Renato Araújo/ABr)

Carlos Sampaio: segundo novo líder da bancada do PSDB, assinaturas dos 127 parlamentares de oposição estão encaminhadas (Renato Araújo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 15h26.

Brasília - A oposição espera concluir ainda nesta segunda-feira, 2, a coleta de assinaturas para o requerimento de instalação de uma nova Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras.

Segundo o novo líder da bancada do PSDB, Carlos Sampaio (SP), as assinaturas dos 127 parlamentares de oposição já estão encaminhadas.

Para instalação de uma CPI na Câmara, são necessárias 171 assinaturas e, se a comissão for mista, será preciso ter o apoio também de pelo menos 27 senadores.

O PSDB, que está centralizando a coleta, quer encaminhar as 171 assinaturas hoje aos senadores.

Se não houver apoio suficiente no Senado, o partido vai tentar instaurar a comissão só na Câmara.

A oposição ainda quer abrir outras CPIs, mas com instalação focada na Câmara dos Deputados, que até agora não tem nenhum pedido de CPI protocolado nesta legislatura.

Os requerimentos de instalação da CPI sobre a crise no setor elétrico, sobre os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sobre os fundos de pensão e sobre denúncias de fraude e desvios de recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), entre 2008 e 2015, também estão prontos e as assinaturas já estão sendo recolhidas.

As bancadas oposicionistas querem aproveitar o momento de fragilidade da relação entre o governo e o Congresso para emplacar as investigações.

Ontem, o Palácio do Planalto foi derrotado pela hegemonia do PMDB no Congresso, em especial com a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados.

"Foi uma derrota brutal para o governo", avaliou Sampaio.

O tucano lembrou que a bancada oposicionista cresceu de 90 para 127 deputados e que eles farão nesta legislatura uma oposição "vigorosa e rigorosa".

Ele avalia que a derrota de ontem do candidato do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), mostra que a presidente Dilma Rousseff só terá de fato o apoio compromissado de poucos parlamentares na Casa.

"Para o governo (a vitória de Eduardo Cunha), foi um desastre. A presidente tem na Câmara quase 390 deputados na base e a votação de 136 votos do Arlindo Chinaglia deixou claro a dimensão da presidente Dilma aqui dentro. Ela só tem 136 compromissados com ela, mais nenhum", concluiu.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCapitalização da PetrobrasCongressoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoOposição políticaPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilSenado

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho