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Oposição protocola pedido de CPI mista da Petrobras

O pedido foi apresentado com a assinatura de 232 deputados e 30 senadores


	Aécio Neves: pré-candidato do PSDB à Presidência cobrou do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, a imediata instalação da comissão parlamentar
 (Pedro França/Agência Senado)

Aécio Neves: pré-candidato do PSDB à Presidência cobrou do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, a imediata instalação da comissão parlamentar (Pedro França/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 16h06.

Brasília - Lideranças de partidos de oposição protocolaram nesta quarta-feira o requerimento para a criação da CPI mista para investigar suspeitas de irregularidades que envolvem a Petrobras.

O pedido foi apresentado com a assinatura de 232 deputados e 30 senadores.

O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), cobrou do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a imediata instalação da comissão parlamentar.

O pedido da oposição de fazer uma CPI com deputados e senadores ocorre horas antes da provável decisão de Renan Calheiros em relação a duas CPIs lidas ontem em plenário.

Após questionamentos, Renan deve decidir se aceita a criação da CPI da Petrobras apresentada pela oposição ou a comissão apresentada pelo governo, cópia da dos oposicionistas mas com a presença de fatos que podem desgastar o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos, pré-candidatos à Presidência.

A CPI mista apresentada é uma cópia da exclusiva do Senado. O principal fato refere-se à compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). A operação, conforme o Estado revelou, contou com o voto da presidente Dilma Rousseff, ex-presidente do Conselho de Administração da estatal. Ela admitiu ter tomado a decisão baseada em um parecer juridicamente falho.

"Nós queremos o que os brasileiros querem, apuração, investigação. Nós não 'pré-condenamos' ninguém. É a oportunidade de o governo, quem sabe da própria Presidente da República, explicar quais foram as razões pelas quais ela apoiou uma medida tão lesiva para os cofres da Petrobras, sobretudo uma área que ela diz e é reconhecida como especialista", afirmou Aécio Neves.

Para o pré-candidato tucano, o governo quer impedir que as apurações referentes à estatal prosperem. Ele disse que pedirá hoje a Renan Calheiros que, diante da "gravidade" do tema, convoque uma reunião extraordinária do Congresso para ler o requerimento da CPI mista.

Só após tal leitura e a manutenção dos apoios acima do mínimo de 171 deputados e 27 senadores até a meia noite do dia da leitura é que a comissão será efetivamente criada. A próxima sessão do Congresso, entretanto, está marcada para o dia 15 de abril.

O líder do Democratas na Câmara, Mendonça Filho (PE), também defende a imediata instalação da CPI mista. Para o parlamentar, o governo não quer ampliar, mas "tumultuar o processo".

Mendonça Filho disse que, se a base do governo quer fazer uma investigação sobre os cartéis do metrô, seria o primeiro a assinar o pedido desde que ele não seja restrito apenas a um estado. Os aliados querem investigar os cartéis em São Paulo, no governo do PSDB, e no Distrito Federal, de uma gestão do DEM.

"Não pode envolver um estado específico da federação, tem que envolver a CBTU, Eletrobras. Essas empresas, Alstom e Siemens, são fortemente fornecedoras de grandes empresas como a Eletrobras e a CBTU. Não há como imaginar que o cartel só exista num estado brasileiro. É subestimar a inteligência do povo brasileiro", afirmou.

Para o líder do DEM, se Renan Calheiros engavetar a criação das CPI vai contrariar "a sociedade, a Constituição, o regimento, o Congresso Nacional e a vontade política das duas casas".

"Não posso imaginar que o presidente do Senado vá se submeter à pressão do governo que quer aniquilar no tapetão uma CPMI que é legítima e que é baseada nos preceitos constitucionais e regimentais do Congresso Nacional", avaliou.

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